"A História da Minha Mulher" (A Feleségem Története)

"A História da Minha Mulher" (A Feleségem Története)

Adaptação de livro húngaro, mostra relacionamento marcado por desconfianças e ciúmes

Chico Izidro

Jacob Störr (Gijs Naber), um capitão da Marinha, suspeita de infidelidade de sua mulher Lizzy (Léa Seydoux)

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"A História da Minha Mulher" é um drama dirigido e roteirizado pela húngara Ildikó Enyedi. Ela adaptou o livro de seu compatriota Milán Füst "The Story Of My Wife: The Reminiscences Of Captain Störr", originalmente publicado em 1946 e inédito no Brasil. A trama mostra o o capitão Jakob Störr (Gijs Naber), que após mais uma viagem, faz uma pausa em Paris, onde se encontra com o seu amigo Kodor (Sergio Rubini). Os dois conversam animadamente, e Störr diz que irá se casar com a primeira mulher que entrar no restaurante onde estão, não importando quem ela seja. 
Existe um momento cômico quando aparece na porta uma senhora de idade avançada. Os dois se olham, mas a mulher desiste de entrar. E em seguida quem entra no recinto é a jovem  Lizzy (Léa Seydoux). O capitão, então, se dirige para a garota e explica a situação. E ela acaba concordando, com os dois iniciando um relacionamento marcado por paixão intensa, manipulações, mas também muitos ciúmes de ambas as partes. 
Devido a sua profissão de marinhheiro, Störr é obrigado a viajar muito. E com Lizzy em terra firma, começam a surgir suspeitas de infidelidade por parte dela, principalmente quando surge a figura de Dedin (Louis Garrel). O capitão começa a ter sinais de paranoia, quase chegando à loucura.
Dividido em sete capítulos, o filme mostra a história pela perspectiva do Capitão Jakob Störr em detrimento de Lizzy, que em determinado momento passa a ser acusada de infidelidade sem que protagonista e espectadores testemunhem qualquer evidência concreta disso.
O filme tem a sua história passada nas primeiras décadas do século passado. E sua narrativa é lenta, por vezes beirando a sonolência, o que pode irritar os espectadores de filmes atuais, cujas tramas são mostradas de forma acelerada, sem muito tempo para se pensar. 
Habituada a escrever as suas próprias histórias, Ildikó Enyedi se desafiou pela primeira vez em sua carreira a transpor um livro para o cinema e revela o que a fascina na obra Milán Füst: "Ele é uma espécie de outlier na literatura húngara e mundial. Com muita frequência, é incompreendido, sendo elogiado pelos aspectos errados. Para mim, Füst é, antes de tudo, um pensador radical que envolve seus pensamentos em uma textura rica e sensual cheia de humor e ludicidade", afirmou.
Trailer: https://youtu.be/lFkml4HHJsc

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