"O Último Ônibus" (The Last Bus)

"O Último Ônibus" (The Last Bus)

Trama acompanha nonagenário fazendo viagem de ônibus por toda a Grã-Bretanha em memória da esposa

Chico Izidro

Para cumprir com uma promessa feita à sua mulher, Mary, antes de ela morrer, Tom deixa sua casa em um vilarejo no norte da Escócia e atravessa o país rumo à fronteira com a Inglaterra

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"O Último Ônibus" (The Last Bus), dirigido por Gillies MacKinnon, apresenta Timothy Spall no papel de Tom Harper, um viúvo de 90 anos, que embarca em uma viagem solitária para cumprir uma promessa feita à sua mulher, Mary (Phyllis Logan), antes de ela morrer. 
A trama mostra Tom Harper, que está doente e ficou viúvo há pouco tempo, fazendo uma viagem de ônibus - ele aproveita o passe de idoso para sair de uma vila no nordeste da Escócia até o extremo sul da Inglaterra. Ele atravessa a Grã-Bretanha em uma jornada de 1.400 quilômetros. O mesmo trajeto havia sido feito por ele e a mulher, no sentido inverso, há 60 anos, quando os dois decidiram trocar de moradia após uma tragédia familiar. 
Para preservar a memória de Mary, Harper decide usar as mesmas rotas de ônibus e pequenos hotéis onde se hospedaram na década de 1950. O mundo, porém, mudou muito. E ele enfrenta dificuldades de locomoção, evita a ajuda de estranhos, pois faz de sua missão uma obsessão. Harper precisa ainda conectar-se a um mundo moderno, e com uma Grã-Bretanha diversificada e multicultural.
Sem ter conhecimento das redes sociais, no entanto, sua viagem começa a ser acompanhada por estranhos, que começam a fazer de tudo para ajudá-lo, por mais que às vezes ele não goste. É umn road-movie, por vezes, angustiante, mas também motivador e emotivo. 
O diretor Gillies MacKinnon lembra que, ao ler o roteiro de Joe Ainsworth, adorou a ideia de um road movie protagonizado por um homem de 90 anos. “E ele tem motivos pessoais muito fortes para fazer essa viagem, o que traz novas camadas emocionais ao filme. Ele faz o mesmo caminho que fizera 60 anos atrás, com sua mulher, mas agora no sentido inverso, usando as mesmas rotas de ônibus e pequenos hotéis onde se hospedaram”, destacou.
Spall, de 66 anos, que interpreta Tom, de 90, com uma maquiagem que o envelhece, descreve o filme, como uma história de amor e perda. “São os últimos momentos da vida de uma pessoa, nos quais ele faz uma das maiores odisseias, e redescobre a vida ao redescobrir o mundo”, destaca.  
Spall explica que seu método de construção de personagens é físico, e pensa, por exemplo, na maneira como Tom se porta, fala, anda. “Isso que faz as pessoas serem o que são, e isso explica muito como agem. Uma pessoa da idade desse personagem é frágil. Ele é idoso, vulnerável, mas também destemido a ponto de cumprir com seus objetivos. O fato de ser um ator a vida toda, eu sempre me interesso pelas pessoas, mesmo quando não estou trabalhando, e observo como elas agem, como o tempo passa para cada um”, completou.
O longa foi filmado em Glasgow e os seus arredores e boa parte da trama se passa no Glasgow Vintage Vehicle Trust, um museu dedicado a meios de transportes escoceses. O exterior foi usado para a construção de diversos pontos de ônibus, enquanto o interior serviu de estúdio para a arquitetura de cenários.
Trailer: https://youtu.be/4Qhn0pjXtco

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