Crash-test, a fundamental escolha na hora da compra do carro

Crash-test, a fundamental escolha na hora da compra do carro

Veículos com resultados cinco estrelas podem salvar vidas

Renato Rossi

Veículos colidem contra obstáculo em alta velocidade

publicidade

Os testes de impacto frontal são realizados a 64km/h num bloco de concreto. Esta é calculada como velocidade máxima que o corpo humano suporta uma colisão. Num carro de sólida estrutura, que ganha 5 estrelas no teste, as chances de sobrevivência são de 90%. Talvez com algumas fraturas mas vivo. As leis da física não garantem a vida acima disso. Já a 69 km/h, as chances de sobrevivência ficam abaixo dos 30%. Na colisão frontal, 100 km/h, mesmo que a estrutura do veículo seja “5 estrelas”, a chance de sobrevivência é virtualmente zero. O corpo pode parecer intacto, mas as forças gravitacionais liberadas na alta velocidade reduzem destroem os órgão internos.

A “linguagem dos acidentes” nunca é agradável. Deve ser dura e não “dourar” a pílula. Como acontece no Brasil onde a publicidade cita um porta malas “interminável”, mas não cita quantas estrelas o veiculo ganhou nos teste de impacto. Acostumada aos altos padrões de segurança exigidos pelas leis europeias, a Volkswagen cultiva suas estrelas como poderoso instrumento de marketing. A partir de 2016 o lançamento de T-Cross, Nivus, Virtus, Polo fez das 5 estrelas no Brasil um convincente instrumento de marketing.

Segurança é antes de mais nada uma questão cultural. Significa a consciência do motorista de que é necessário proteger a vida no habitáculo. É importante a consciência de que se conduz um veículo seguro. É fundamental ler e ver os resultados dos testes promovidos pelo LatinNCap. A vida pode ser salva a bordo de um “5 estrelas” e pode ser perdida em carros uma ou zero estrela.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895