A segurança do carro autônomo

A segurança do carro autônomo

A realidade do carro “autônomo” está cada vez mais próxima.

Renato Rossi

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Presente nas cidades do primeiro mundo, principalmente nos EUA, companhias como a Waymo, associada à GM, já têm frotas de carros autônomos. A Tesla, por exemplo, incorpora em seus modelos um sistema autônomo de nível 5 que permite ao motorista passar a ser passageiro, e quem dirige é a inteligência artificial.


Mas se o carro elétrico tem futuro ainda incerto, o do carro autônomo, que depende de uma complexa tecnologia, fica mais além, já que necessita de complexas interações da máquina com a tecnologia e o ambiente de uso. Isto significa um software de ultra complexidade, radares, centenas de sensores e satélites estacionários que tornam seguro o seu deslocamento. Sem falar nas cidades, vias urbanas e estradas que têm que ter algum grau de inteligência artificial para se comunicarem com os sistemas informatizados do carro, o que significa milhões de horas com frotas de testes em todas as situações de uso, mais o custo elevado do desenvolvimento de software e componentes eletrônicos próprios para o sistema. 


Os grupos econômicos já investiram 80 bilhões de dólares nos projetos e na adaptação da tecnologia em modelos de veículos existentes. Mas as dificuldades em produzir carros seguros guiados unicamente pela inteligência artificial se refletem nos mais de 60 acidentes com carros autônomos da Waymo e outros 60 com os da Tesla entre 2019 e 2022. Ao se analisarem os acidentes com carros autônomos, surgiu um dado alarmante: 80% dos acidentes resultaram de colisões entre os carros autônomos e os conduzidos por motoristas. Assim, o maior mérito dos carros autônomos que chegam ao mercado a partir de 2025 será a geração de um trânsito que reduzirá em 80% as chances de ocorrer um acidente.


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