Mudança de rumo

Mudança de rumo

Montadoras enfrentam o desafio da passagem do petróleo para outras fontes energéticas

Renato Rossi

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A indústria automotiva se prepara para o maior desafio em um século: da passagem do petróleo para o eletricidade. As montadoras buscam cada vez parcerias fora do circuito tradicional de fornecedores. A Ferrari acaba de contratar para presidente Benedetto Vigna, que presidia um dos maiores produtores de componentes eletrônicos do mundo, a STMicroeletronics. Missão do executivo: realizar a transição da “feroz” Ferrari para o mundo silencioso do carro elétrico. E Vigna mal entrou e já anunciou que a marca italiana terá seu primeiro bólido elétrico em 2025. 

Porém, não é somente a eletricidade que é a tendência. A Toyota contratou físicos e cientistas para desenvolver o Mirai, o único carro a hidrogênio em linha de produção no mundo. Miragem? Que nada, o novo Mirai tem um design de grande beleza e, a partir de 2023, será exportado para o mundo. A Toyota foi a desbravadora da tecnologia híbrida e lançou o Prius em 1997. Agora, a fabricante japonesa não foge do elétrico, mas explora outros caminhos para a mobilidade com carbono zero. Nesta semana, a Fiat, que por décadas produziu carros de boa qualidade, mas simples na tecnologia, apresentou o tecnológico 500 elétrico, carbono zero. E a Inteligência Artificial do 500 permite que o carro acompanhe o fluxo rodoviário e faça ultrapassagens por conta própria. 

Há uma conjugação de fatores que levam à mudança de rumo das montadoras no desenvolvimento de novos produtos como as leis ambientais cada vez mais rígidas. E os sistemas de trânsito estão mais complexos e difíceis e ditam que as cidades terão que rever sua arquitetura a fim de evitar o uso excessivo do automóvel.

 


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