China conquista a Europa

China conquista a Europa

BYD enviou para a Noruega as primeiras 100 unidades do SUV Tang

Renato Rossi

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Se a China não conseguiu conquistar o mundo com seus carros a combustão, pode conquistar com veículos elétricos. Entre os motivos está a surpreendente aceitação do elétrico em mercados hegemônicos como Europa, Estados Unidos e principalmente a própria China, que eletrificará toda a sua frota até 2030. Isto significa que somente o mercado chinês, que assimila 28 milhões de veículos por ano, deve chegar a 40 milhões em 2030. Isto irá gerar a economia de escala necessária à aceitação global do elétrico. 

Na segunda-feira, a chinesa BYD enviou para a Noruega, o principal mercado de carros elétricos na Europa, as primeiras 100 unidades do SUV Tang. Segundo o diretor de marketing da BYD, Adalberto Maluf, esta primeira remessa para um mercado de alto desenvolvimento econômico e educacional salienta o compromisso da BYD com carros puramente elétricos, de zero carbono. “Na Europa, de legislação ambiental cada vez mais restritiva, os fabricantes, na sua maioria, permanecem nos motores a combustão e nos híbridos, veículos eletrificados que emitem dióxido de carbono. A BYD tem a vantagem competitiva de só produzir elétricos puros”, citou Maluf.

O Tang tem no belo design de autoria de Wolfgang Egger um dos diferenciais do modelo. Mas a principal diferença é a nova bateria Blade, 30% mais leve, que concentra maior potência. O Tang faz de zero a 100 em apenas 4.6 segundos. A capacidade da bateria é de 86.4 kW, com autonomia de mais de 500 quilômetros. O tempo de recarga é de apenas 30 minutos, para 30% a 80% da carga. Na estratégia global da BYD, a Noruega é a porta de entrada para o mercado europeu. “E pela primeira vez um veículo chinês recebe o certificado de trafegabilidade da Comunidade Europeia”, frisou o executivo.

 


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