Troca de mãos

Troca de mãos

Carro elétrico exige novas tecnologias e alternativas à redução de custos de produção

Renato Rossi

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A crescente eletrificação do automóvel tem como efeito colateral a busca por soluções que não estão mais restritas a marcas tradicionais e carros convencionais, há um século movidos a gasolina. E a “morte” do petróleo está decretada para 2030, o mais tardar, 2035, quando toda a indústria automotiva será elétrica. Há dissidências, como a Toyota, que insiste no carro a hidrogênio líquido, uma solução ultraecológica. Mas o hidrogênio explode. 

A exigência de novas tecnologias para o carro elétrico e, principalmente, a redução de custos através de soluções engenhosas induzem a que o poder troque de mãos. No Primeiro Mundo, o que inclui a poderosa China, o carro elétrico, passada a pandemia, será um “tsunami”. Contribuindo para a mudança radical da combustão para o elétrico, as legislações ambientais são cada vez mais restritivas e, agora, impulsionadas pelo poder norte-americano. 

A Volkswagen já investiu mais de 60 bilhões de euros na produção de elétricos. A GM disponibilizou 40 bilhões. Na semana passada, a Porsche anunciou o investimento de 70 milhões de euros na montadora croata Rimac, que produz o supercarro mais potente do mundo (1.924 HP) e mais rápido – vai de zero a 100 em 1.8 segundo. Num comunicado à imprensa, a Porsche citou a necessidade de inovação como motivo da associação à Rimac, que produz carros elétricos excitantes e seguros, como os Concept One e Concept Two, comercializados a 3 milhões de euros a unidade. A Rimac também é inovadora na produção de componentes e baterias para elétricos. Com a Porsche ao lado, a Rimac entrará com facilidade pela estreita porta do futuro da indústria automotiva. E nem todos entrarão.

 


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