Alto risco

Alto risco

Acidente com estrela do Golf levanta questionamento sobre direção em alta velocidade

Renato Rossi

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O grave acidente com Tiger Woods, o maior jogador de Golf de todos os tempos, tem como efeito colateral a atenção do público e da mídia para a marca de alto luxo Genesis, de propriedade do grupo Hyundai. Afinal, Woods dirigia o GV80, emprestado pela Hyundai. A imprensa norte-americana questiona: “Será o GV80 um SUV seguro ou inseguro? Qual a importância de se estar num veículo seguro num acidente onde a alta velocidade e talvez o estado mental do motorista podem ser pontos de culpabilidade?”. 

Woods passa por momento difícil gerado numa tumultuada separação. Ele rodava sozinho em alta velocidade, mas a mídia se posiciona sobre o GV80, se não tem tradição em segurança. É o primeiro utilitário da Genesis, lançado em junho do ano passado. Porém, o diretor do Instituto das Seguradoras para Segurança Rodoviária (IIHS), Jonathan Young, declarou que a marca Genesis teve sempre ótimos resultados nos testes de impacto. Revelou, entretanto, que o GV80 não passou por essas análises. Afinal, foi lançado no primeiro semestre de 2020. Mas, segundo o especialista, é o modo de dirigir que deve ser seguro. É a imprevisibilidade dos efeitos das forças gravitacionais liberadas em acidentes na alta velocidade que mata. 

Estudos recentes do IIHS demonstraram que nenhum veículo é seguro em colisões ou capotamentos na alta velocidade. As primeiras análises do SUV dirigido por Woods e a gravidade de seus ferimentos apontam que o carro estava bem acima dos 100 km/h. O estudo indicou que um acidente a 80 km/h pode não ser mortal. Mas a 100 por hora pode matar. É provável que Woods estivesse na zona da morte. A bordo do Genesis GV80, em alta velocidade, estava no cume do Himalaia, sem máscara e tubo de oxigênio.

 


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