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Depois de tudo, caía um silêncio que só era quebrado, à noite, pelo barulho dos bichos lambendo o sangue coalhado
Eu sou um gato, mas posso ser também a voz dos animais que ficaram perdidos por esses fundões de campo
São os filhos da terra, netos e bisnetos das primeiras recolutas, das primitivas andanças e da conquista do território
Tudo recomeça, porque o homem nunca está pronto, preparado, sempre estará faltando algo, já que somos e sempre seremos incompletos
Aqui estou, Nazareno, saudando a tua chegada, outra vez. Traga-nos o teu olhar misericordioso, o teu rosto de bondade (...)
Estou aqui, seu Turíbio, contando as coisas que vi e vivi, os sonhos, as dores, as tristezas, as desesperanças e até as alegrias da minha gente
Ficarei segurando um lenço branco na ponta do cabo do relho e saudando o ano que se vai embora. Veio, fez sua parte e está de partida
Então, não deixe o velho ranzinza entrar com amarguras e tristezas. Esporeie o futuro como um domador de sonhos