“Chuva” de doses e filas no Dia D de vacinação contra a gripe

A mudança de temperatura, que trouxe a reboque uma insistente chuva na Capital, assim como em boa parte do Rio Grande do Sul, neste sábado, tinha tudo para deixar as pessoas em casa. Mas justamente o dia de descanso, aliado ao passe livre instituído pela prefeitura e a conscientização levaram milhares de representantes dos grupos prioritários a buscarem uma unidade de saúde para receber a dose da vacina contra a gripe (Influenza). A aplicação no Dia D de imunização para prevenir a doença acontece até as 17h em 115 locais em Porto Alegre.

Um dos postos que mais recebeu pessoas foi a Unidade de Saúde Modelo, no bairro Santana. Dezenas de pessoas esperavam entre 30 e 40 minutos em média no final da manhã. Muitas pessoas queriam aproveitar para, também, receber a dose da vacina bivalente contra a Covid-19, que está liberada para toda a população com 18 anos ou mais. Foi o caso de Dulce Quadros, 52 anos. “Ah, eu tinha que aproveitar e já vacinas as duas de uma vez só para ficar tranquila”, confirmou. A paciência é um dos fortes de Juliano Mathias, 55 anos. Hipertenso, chegou a contrair a Covid-19 duas vezes e teve medo de morrer. “Sempre que abrem as vacinações, seja de gripe ou outra qualquer, eu vou para a fila de bom grado”, sorri.

Segundo a coordenadora-adjunta do posto Modelo, Silvia Naiara, lembrou que a procura pela vacina contra ainda está abaixo do esperado. “Orientamos que as pessoas venham fazer a aplicação. Durante a semana o serviço continua”, explicou.

No posto Santa Marta, no Centro da Capital, movimento foi menor, não havia filas, apenas movimento interno. “Como trabalho aqui perto, aproveitei para completar minha carteira de vacinação”, salientou o militar da reserva, Antônio Mendes, 68 anos. Apenas a unidade da Gloria não abriu no Dia D porque ficou alagada na sexta-feira em virtude da chuva.

A meta é atingir 90% de cada grupo prioritário estabelecido pelo Ministério de Saúde até o fim da campanha contra a gripe, previsto para 31 de maio. Na Capital, esses grupos somam 717.025 pessoas.

A imunização estará disponível para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde:

- Idosos com 60 anos ou mais, mediante apresentação de documento que comprove a idade.

- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias).

- Gestantes em qualquer idade gestacional. Não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, basta que a própria mulher afirme o estado de gravidez.

- Puérperas: todas as mulheres no período até 45 dias após o parto: apresentar documento que comprove o puerpério.

- Professores do ensino básico e superior: apresentar documento que comprove a vinculação ativa como professor.

- Povos indígenas e quilombolas a partir dos seis meses de idade.

- Trabalhador da saúde: de serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade. São considerados aqueles que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios, entre outros. Inclui estudantes da área que estiverem prestando atendimento na assistência dos serviços de saúde.

- Profissionais das Forças de Segurança e Salvamento: inclui policiais federais, militares, civis e rodoviários; bombeiros militares e civis; e guardas municipais. Deverão comprovar a vinculação ativa.

- Profissionais das Forças Armadas: membros ativos (Marinha, Exército e Aeronáutica), que deverão comprovar o vínculo ativo.

- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade.

- Pessoas com deficiência permanente. Não será necessário documento de comprovação, sendo considerada a deficiência autodeclarada.

- Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso moradores de Porto Alegre: apresentar documento que comprove o exercício efetivo da função.

- Trabalhadores portuários: apresentar documento que comprove o exercício efetivo da função.