Primeiro lote da vacina contra Mpox chega ao RS nesta terça

Primeiro lote da vacina contra Mpox chega ao RS nesta terça

Serão 1.384 doses do imunizante para aplicação em duas doses nos grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus

Correio do Povo

A Secretaria de Saúde divulgará nos próximos dias a data do início da vacinação

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Chega ao Rio Grande do Sul, nesta terça-feira, o primeiro lote de vacinas contra a Mpox, popularmente conhecida como varíola do macaco. Serão 1.384 doses do imunizante para aplicação em duas doses, com intervalos de 30 dias, nos grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus Monkeypox, causador da doença.

Nos próximos dias, deverá ser definida a data do início da vacinação. "Agora, vamos mapear onde as pessoas estão, os serviços especializados nos municípios e organizar a distribuição e a estratégia com cautela para garantir o acesso da população-alvo", explicou Fernanda Maria da Rocha, da Rede Estadual de Núcleos de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). “As vacinas ficam congeladas e com validade até 2025, sem risco de perda”, detalhou. 

Do total de vacinas, 1.360 serão usadas na primeira e na segunda dose de imunização de 680 homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses, que fazem parte do grupo pré-exposição. “São pessoas com a condição imunológica bastante prejudicada, com risco mais de adoecerem e de morte se tiverem Mpox”, explicou Fernanda.

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Outras 28 doses serão usadas na vacinação de 14 pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, que fazem parte do grupo pós-exposição.

Ainda não há definição para a chegada das vacinas destinadas a profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o Orthopoxvírus, causador da Mpox, em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

No total, o Ministério da Saúde deve distribuir 46 mil doses através do Programa Nacional de Imunizações, obedecendo a liberação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Informe Técnico do Ministério da Saúde considera que o atual cenário epidemiológico da Mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil, e que a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos. Segundo o documento, a atual estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença.


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