Porto Alegre já tem 20 casos confirmados de dengue autóctone
Em quatro dias, casos autóctones apresentaram elevação de 54%
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Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aponta que Porto Alegre já tem 35 casos confirmados de dengue este ano, dos quais 20 são autóctones e 15, importados. Por conta do aumento de 54% dos casos autóctones, que na quinta-feira totalizavam 13, agentes de Vigilância em Saúde (DVS) reforçaram nesta segunda-feira a estratégia de prevenção e combate aos focos do mosquito transmissor da dengue na Capital.
Uma força-tarefa da prefeitura realiza nova operação para aplicar inseticida em parte de ruas da Vila São José, na Zona Leste. Além de aplicar inseticida em parte das residências, os profissionais de saúde executam trabalhos de fiscalização dos criadouros, limpeza dos terrenos municipais e ações de conscientização à população. Adjunta da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernanda Fernandes explica que o objetivo é reduzir a quantidade de mosquitos Aedes aegypti adultos. “Naquela região temos 10 casos autóctones”, alerta.
Conforme Fernanda, o esforço concentrado dos agentes de combate a endemias ocorre principalmente em regiões com focos de acúmulo de lixo e água parada. “Às vezes as pessoas não se dão conta que tem água em recipiente, caixa da água ou piscinas plásticas que não usam mais”, destaca. Um dos problemas enfrentados pelos profissionais de saúde é a resistência de parte dos moradores em receber os agentes, uma cena comum durante os bloqueios químicos efetuados durante a aplicação de inseticida.
“Eventualmente se assustam um pouco. Alguns permitem que a gente entre no domicílio, mas enfrentamos dificuldade”, reconhece, ressaltando a importância de quebrar a cadeia de transmissão da doença. “Além da aplicação de inseticida, Fernanda ressalta a importância da população adotar medidas preventivas, como uso de repelentes e roupas compridas. O mosquito em hábitos matutinos”, observa. “É uma doença que mata. É perigosa, principalmente para idosos, crianças e pessoas com comorbidades”, afirma.