Se há mandante, é comerciante, afirma Mourão sobre Bruno e Dom
Indigenista e jornalista britânico foram assassinados no Vale do Javari, no Amazonas; caso é investigado pela Polícia Federal
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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que, se houver mandante nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, seria um comerciante da região do Vale do Javari, no Amazonas.
"A polícia está tentando apurar e a polícia está fazendo um trabalho muito bom, tanto que em curto espaço de tempo prendeu os principais suspeitos, além de já ter localizado os corpos, já localizaram a embarcação", disse. "Se tiver um mandante, é um comerciante da área, que estava se sentindo prejudicado pela ação, principalmente do Bruno, e não do Dom, né? O Dom entrou de gaiato nessa história, foi dano colateral", prosseguiu.
Pereira e Phillips, que estavam desaparecidos desde o dia 5 deste mês, foram mortos durante uma viagem pelo Vale do Javari. Na noite do último domingo (19), o barco em que viajavam, de cerca de 7 metros, foi encontrado a 20 metros de profundidade e a mais ou menos 30 metros da margem do rio.
A Polícia Federal afirmou que está sendo apurada a participação de, pelo menos, oito pessoas no crime. A corporação chegou a declarar na sexta-feira (17) que não há mandante nem organização criminosa por trás das mortes.
Um terceiro suspeito preso no sábado confessou ser um dos autores dos crimes. Jefferson da Silva Lima é o terceiro preso durante as investigações. Antes dele, os pescadores Amarildo da Costa Oliveira — que também confessou ter matado Dom e Bruno e indicou o local onde os corpos foram enterrados — e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, já tinham sido presos.
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Mourão afirmou que o crime ocorreu de forma semelhante a uma emboscada. "Na minha avaliação, deve ter ocorrido no domingo. No domingo, essa turma bebe, se embriaga, mesma coisa que acontece aqui na periferia das grandes cidades", disse.
"Aqui em Brasília, a gente sabe, todo final de semana tem gente que é morta aí, a facada, tiro, das maneiras mais covardes, normalmente fruto de quê? Da bebida, né? Então a mesma coisa deve ter acontecido lá", acrescentou o vice-presidente. As informações divulgadas pela Polícia Federal até agora não corroboram as suposições de Mourão.