Políticos lamentam morte de Dom Phillips e de Bruno Pereira

Políticos lamentam morte de Dom Phillips e de Bruno Pereira

Rodrigo Pacheco diz esperar que criminosos sejam punidos "no rigor da lei"; parlamentares e pré-candidatos se manifestaram

R7

Jornalista e indigenista foram assassinados por pescador

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Políticos e entidades lamentaram a morte do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, confirmada nesta terça-feira (15). Os restos mortais dos dois foram localizados pela Polícia Federal depois que Amarildo dos Santos, suspeito preso, confessou os assassinatos e informou a localização dos corpos, que serão trazidos para Brasília nesta quinta-feira (16).

O caso teve repercussão internacional e também foi lembrado nas redes sociais por autoridades brasileiras, como o presidente Jair Bolsonaro, os pré-candidatos à Presidência da República Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), o governador do Amazonas, Wilson Lima, a deputada federal Joenia Wapichana, a única representante indígena na Câmara, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (veja as manifestações na galeria abaixo).

"Nossos sentimentos aos familiares e que Deus conforte o coração de todos!", escreveu Bolsonaro.

"É com enorme pesar que recebo a notícia de que foram encontrados os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Em respeito às vítimas, à Amazônia e à liberdade de imprensa, espero que todos os criminosos envolvidos sejam punidos com o rigor da lei", escreveu Pacheco.

A pré-candidata do MDB ao Palácio do Planalto, senadora Simone Tebet, comentou o caso. "Defendo severa investigação desse crime bárbaro. É preciso dar um basta à impunidade. Meus sentimentos às famílias do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira neste momento inconsolável. Que a coragem desses dois defensores dos direitos humanos e do meio ambiente nos inspire a lutar. O Brasil precisa voltar a ter paz e clama por justiça", disse.

O vereador e pré-candidato a deputado federal pelo Ceará Carmelo Neto rechaçou as críticas de eventual omissão do governo. "Quem era o presidente quando Dorothy Stang foi assassinada no Pará, em 2005?", questionou o político, em relação à morte da americana.

"Espero que a cruel morte de Bruno Pereira e Dom Phillips não fique impune, que haja justiça e que os povos indígenas do Vale do Javari recebam a devida e urgente atenção. Meus sentimentos de conforto aos familiares de Bruno e Dom. Seguimos em luto e em luta por Bruno e Dom", postou Joenia (Rede-RR).

"Nos solidarizamos com as famílias de Bruno e Dom, nossos parceiros, expressando o nosso pesar e profunda tristeza dessa perda. Para nós, povos indígenas do Vale do Javari, é uma perda inestimável", publicou a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

No Twitter, a mulher de Bruno, Beatriz Matos, disse que, "agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior". Os restos mortais dele e de Dom Phillips foram encontrados após 11 dias.  Os dois viajavam pela comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari.

O pescador Osoney da Costa, irmão de Amarildo, também está preso, embora não tenha confessado participação no crime. Os dois foram vistos por testemunhas perseguindo a lancha dos profissionais. Uma terceira pessoa, citada por Amarildo, também é investigada.

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