Aras e Anderson Torres discutem desaparecimento de jornalista e servidor da Funai
Encontro ocorreu nesta segunda; repórter do The Guardian realizava reportagens sobre ataques contra povos indígenas
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ministro da Justiça, Anderson Torres, se reuniram nesta segunda-feira para discutir o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do servidor Bruno Araujo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), na Amazônia. Ambos sumiram durante a produção de uma reportagem sobre ataques a povos indígenas na região.
De acordo com a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari, o jornalista e o servidor estavam recebendo ameaças em razão das reportagens realizadas na área. Eles desapareceram na manhã de domingo quando partiram em uma embarcação com destino à cidade de Atalaia do Norte.
"Pelo que consta nas informações trocadas, via Dispositivo de Comunicação Satelital SPOT, eles chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h, onde conversaram com a esposa do 'Churrasco', visto que este não estava na comunidade e depois partiram rumo à Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas. Assim, deveriam ter chegado por volta de 8h, 9h na cidade, o que não ocorreu", informou a entidade.
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Dom Phillips era colaborador do The Guardian. Na reunião com o ministro da Justiça, Aras destacou a importância de as instituições atuarem de forma conjunta nas buscas e nos demais desdobramentos do caso.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que "o assunto foi tema de outra reunião, com foco nos aspectos logísticos relacionadas às buscas conduzidas pela Polícia Federal, Marinha e Força Nacional que, graças à atuação do MPF, mantêm bases na região".