Operação do Complexo da Penha é a 2ª mais letal do Rio de Janeiro

Operação do Complexo da Penha é a 2ª mais letal do Rio de Janeiro

Foram confirmadas 25 mortes na Vila Cruzeiro. Ação só não é mais letal que a do Jacarezinho, que completou 1 ano no início de maio

R7

Operação no Complexo da Penha torna-se a segunda mais letal do Rio de Janeiro

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Completado um ano da operação do Jacarezinho, a incursão no Complexo da Penha, zona norte do Rio, tornou-se a segunda mais letal do estado. Foram confirmadas 25 mortes e sete feridos nesta quarta-feira. Hoje, o policiamento continua reforçado na região, que abriga 13 comunidades, com quatro UPPs em funcionamento. Na ação de ontem, agentes da Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal entraram pela Vila Cruzeiro. 

Os baleados deram entrada no HEGV (Hospital Estadual Getúlio Vargas) e um homem ferido foi encaminhado para o Hospital Municipal Salgado Filho. Entre os mortos, estão a moradora Gabrielle da Cunha e um menor de idade sem identificação.  Entre os feridos, está um policial civil, de 47 anos, que fazia perícia na parte baixa da Vila Cruzeiro na tarde de ontem. Ele foi ferido no nariz por estilhaços de bala, passou por uma cirurgia e está bem. 

No HEGV, há três pacientes em estado estável e um em estado grave. Um quinto paciente, evadido do sistema prisional e com passagem por tráfico de drogas, foi transferido para a UPA da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). 

A operação mais letal da história do Rio de Janeiro, que deixou 28 mortos na comunidade do Jacarezinho, na zona norte, completou um ano no último dia 6 de maio. A investigação do Ministério Público estadual gerou 13 inquéritos, dos quais dez foram arquivados e dois geraram denúncias à Justiça. O MPF (Ministério Público Federal) informou que vai apurar a conduta dos agentes federais na ação na Vila Cruzeiro.

De acordo com o Geni-UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense), no período de 2007 a 2021 foram realizadas 17.929 operações policiais em favelas na região metropolitana do Rio — das quais 593 terminaram em chacinas, com um total de 2.374 mortos. Isso representa 41% do total de óbitos em operações policiais no período.

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