Começa o julgamento dos envolvidos na morte do policial civil Rodrigo Wilsen da Silveira em Gravataí

Começa o julgamento dos envolvidos na morte do policial civil Rodrigo Wilsen da Silveira em Gravataí

Júri tem cinco réus, incluindo o autor dos disparos no agente durante operação em junho de 2017

Correio do Povo

A sessão é presidida pela Juíza de Direito Valéria Eugênia Neves Willhelm

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A 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí começou na manhã desta terça-feira o júri dos cinco réus do caso do assassinato do policial civil Rodrigo Wilsen da Silveira, 38 anos, ocorrido em 2017. A sessão de julgamento, que acontece no Foro de Gravataí, é presidida pela Juíza de Direito Valéria Eugênia Neves Willhelm. O corpo de jurados é composto por seis mulheres e um homem.

Todos os réus encontram-se recolhidos no sistema prisional. Além do interrogatório deles, estão sendo ouvidas quatro testemunhas de acusação. A esposa da vítima já falou nesta manhã. 

Conforme a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o autor dos disparos que mataram o escrivão responde pelos crimes de homicídio qualificado consumado e por três homicídios qualificados tentados contra outros policiais. Já os outros quatro foram acusados dos crimes de tráfico de drogas, posse e porte ilegal de armas, receptação e organização criminosa. Uma sexta envolvida faleceu em setembro de 2019.

Nos debates, a acusação e a defesa terão duas horas e meia cada para se manifestarem. Réplica e tréplica, se houver, serão de duas horas cada. O julgamento foi interrompido às 19h desta terça-feira e será retomado amanhã para os debates.

“A expectativa é da condenação”, resumiu nesta manhã o vice-presidente da Ugeirm Sindicato, Fábio Duarte. A entidade de classe havia convocado a categoria para acompanhar o julgamento dos envolvidos no crime. Um grupo de policiais civis, com cartazes, compareceu no local.

"Estamos pedindo que se cumpra a lei e se faça justiça, que se puna o crime e que os homicidas sejam condenados", enfatizou o dirigente. "Quando se ataca o policlal que está cumprindo o seu dever, se ataca toda a sociedade", observou Fábio Lopes. 

Durante uma operação realizada contra o narcotráfico na manhã do dia 23 de junho de 2017, o então chefe de investigação da 2ª DP de Gravataí, Rodrigo Wilsen da Silveira foi baleado na cabeça em um apartamento, onde estavam os réus. Ele chegou a ser conduzido para o Hospital Dom João Becker, mas não resistiu aos graves ferimentos.

A vítima foi atingida na frente da esposa, também policial civil, que participava da ação. Ela não sabia que estava grávida e acabou perdendo o bebê semanas depois. A operação, que visava desarticular uma organização criminosa, resultou ainda na apreensão de armas, drogas e veículos, incluindo um carro roubado.


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