Motorista acusado de atropelamento coletivo é condenado pela Justiça em Tramandaí
A pedido do Ministério Público, ele recebeu pena de 12 anos de reclusão em regime inicial fechado, mas poderá recorrer em liberdade pelo crime ocorrido em março de 2012
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O motorista responsável pelo atropelamento coletivo, que deixou três mortos e cinco feridos em 2012 em Tramandaí, no Litoral Norte, foi condenado a 12 anos de reclusão em regime inicial fechado pela Justiça. O réu poderá recorrer em liberdade.
O julgamento ocorreu nessa quinta-feira na 1ª Vara Criminal de Tramandaí. A condenação foi pedida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Conforme o promotor de Justiça André Luiz Tarouco Pinto, o réu, de 30 anos, foi considerado culpado por dois homicídios dolosos (pai e filho que estavam na ponte) e por um homicídio culposo (amigo que estava na carona do veículo).
O promotor André Tarouco lembrou que algumas situações importantes permearam o julgamento, como o tempo decorrido entre os crimes e o júri; o autor dos crimes ser, na época, um jovem com 21 anos e agora, um adulto de 30 anos.
“Isso poderia causar nos jurados uma falsa sensação de que a situação já estivesse resolvida, mas não aconteceu. Apesar de ter sido um julgamento muito difícil, cansativo, o resultado saiu dentro do esperado pelo Ministério Público, que foi atendido nos seus pedidos. Vamos avaliar um possível recurso para aumentar a pena aplicada!”, afirmou. “É importante ressaltar o engajamento das vítimas, que estiveram no julgamento mostrando que queriam Justiça”, acrescentou.
Em 17 de março de 2012, o réu conduzia uma caminhonete Chevrolet S10,de cor branca, na ponte Giuseppe Garibaldi, no limite entre Tramandaí e Imbé, quando o veículo colidiu contra um Ford Focus, chocou-se contra uma mureta e atingiu diversas pessoas, entre pescadores e pedestres, antes de despencar no rio Tramandaí. No acidente de trânsito, um homem, de 77 anos, e o filho, de 44 anos, tiveram óbito no local.
O jovem conseguiu sair da caminhonete dentro do rio com ajuda de um barco que passava pelo local. Já o amigo dele, de 22 anos, que estava junto na S10, não foi localizado em um primeiro momento. O corpo dele foi encontrado quase duas semanas depois em uma praia de Jaguaruna, no litoral de Santa Catarina.