Polícia Civil prende fiscal que tentou impedir gravação das agressões em João Alberto
Adriana Dutra deve responder pelo mesmo crime dos agressores pratica do homicídio doloso triplamente qualificado
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A funcionária do Carrefour, Adriana Dutra, que tentou impedir a gravação das agressões em João Alberto, foi presa nesta terça-feira pela Polícia Civil. Conforme a delegada responsável pela investigação do homicídio, Roberta Bertoldo, a fiscal deve responder pelo mesmo crime dos agressores pratica do homicídio doloso triplamente qualificado. "A Adriana tinha sim o poder, naquele momento, de poder cessar as agressões a partir do fato de ser ali a superior imediata daqueles indivíduos que exerciam a segurança", disse durante coletiva de imprensa realizada ontem.
Conforme a delegada Roberta, todos os esforços da Polícia Civil estão centrados na participação das pessoas que aparecem nos vídeos que circularam as redes sociais nos últimos dias. "Estamos apurando com o maior cuidado qual foi a conduta ativa ou omissiva de cada um dos individuos que estavam presentes até o desfecho fatal, ou seja, até a morte do João", frisou.
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Até o momento, três pessoas foram presas por envolvimento no homicídio de João Alberto, ocorrido na quinta-feira, 19 de novembro, no estacionamento do Carrefour na zona Norte de Porto Alegre. A fiscal presa nesta terça, Adriana Dutra, agora está à disposição da investigação policial e também do Poder Judiciário para que possa esclarecer as circunstâncias sobre o que aconteceu naquele dia.
A mulher está presa temporariamente por 30 dias. "Ela assistia a toda aquela ação sem ter intervido e mais afastando e ameaçando pessoas que estavam no entorno e que tentava dissuadir daquelas agressões e impedir a imagem daquela ação", destacou a delegada. Além disso, a delegada reiterou que as investigações continuam. "Bem como a valiação da conduta de cada um dos funcionários vinculados ao empreendimento, que aparecem nas imagens", assinalou.