Carrefour da zona Leste é palco de protesto por morte de João Alberto
Grupo fez manifestação pacífica, com momentos de tensão ao final, quando objetos foram queimados em avenida
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O assassinato brutal de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, de 40 anos, espancado por seguranças no supermercado Carrefour do bairro Passo D’Areia, no último dia 19, provocou um novo protesto no final da tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre. Após se organizarem nas redes sociais, cerca de 400 pessoas entre ativistas, grupos contra a discriminação racial e representantes de movimentos sociais participaram de uma manifestação contra o racismo em frente a filial do Carrefour da avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon.
De forma pacifica, com cartazes, faixas e gritos de ordem, "o Carrefour é assassino" e "queremos Justiça para Beto", os manifestantes partiram da rua Albion, ao lado do estabelecimento, e invadiram avenida Bento Gonçalves pedindo igualdade racial, o fim do racismo e justiça. O ato foi monitorado por grande aparato da Brigada Militar que.contou com.a Força Tatica, em frente ao supermercado, que fechou as portas às 16h. O fluxo do transito ficou interrompido por cerca de uma hora.
Momentos de tensão ocorreram ao final, quando alguns participantes atearam fogo em madeiras no meio da via. Alguns manifestantes mais exaltados lançaram fogos de artificios, mas ninguém foi atingido. A Força Tática agiu para dispersar neste momento.
Por volta das 20h15min, um confronto entre a Brigada Militar e um grupo de manifestantes que bloqueava a avenida Bento Gonçalves ocorreu. Foram efetuados disparos de bomba de efeito moral.
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"Estamos aqui para reforçar a luta por justiça pela morte do Beto. Todos os dias serão de luta daqui para frente. Os responsáveis por esse brutal assassinato devem ser punidos exemplarmente", afirmou a vereadora eleita da Bancada Negra na Câmara, Laura Sito (PT). Ela destacou ainda, que o município prevê sanções a empresas em caso de racismo. "O Carrefour tambem deverá responder pelo o que aconteceu. Acompanharemos de perto o desenrolar do.processo", afirmou a vereadora, lembrando que manterá a vigilância para todos casos de injustiças civis. "A morte de Beto não é um caso isolado. A tarefa que o povo nos designou, é estar nas ruas lutando por dignidade e justiça", ressaltou.
A técnica de enfermagem Vera Farias, 43 anos, saiu do trabalho para acompanhar o.protesto, e afirmou que a manifestação é uma forma de alertar as autoridades que e povo.negro. está cansado de violência e discriminação racial. "Não podemos mais nos calar. Chega de violência..Chega de racismo. Queremos justiça para o Beto", frisou. “Enquanto os.negros estiverem sofrendo preconceito e violencia, a gente vai estar junto e lutando para que isso acabe ”, afirmou a educadora, Eva Adriana Dias, 48 anos.