Centro de detenção provisória onde Thiago Brennand permanecerá tem déficit de mais de 2 mil vagas

O empresário Thiago Brennand, escoltado pela Polícia Federal, deu entrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Pinheiros, na zona oeste da capital, por volta das 12h deste domingo (30). Após passar por audiência de custódia, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a prisão preventiva.

Segundo os últimos dados da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), divulgados em 28 de abril, o complexo de Pinheiros tem 4.000 m² e é formado por quatro unidades, que são destinadas a presos provisórios em regime fechado. Todas registram superlotação. No total, há 2.452 vagas disponíveis, porém há 4.228 presos. O que representa um déficit de 72%.

 Na capital paulista, existem mais dois centros de detenção provisória localizados na zona leste: na Vila Independência e no Belém. Ambos também enfrentam a superlotação, de acordo com as informações da SAP.

Extradição

Após sete meses foragido nos Emirados Árabes Unidos, Brennand desembarcou, na tarde deste sábado (29), do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A extradição foi executada por quatro agentes em um voo comercial da Air France que saiu de Paris.

Somente depois de 40 minutos da chegada, o empresário entrou na viatura da PF que estava no estacionamento da corporação, no Terminal 3 do aeroporto. Diferente do esperado, ele estava apenas com as mãos algemadas, além de vestir um boné e uma máscara preta para esconder o rosto.

Em 17 de abril, o réu foi detido em um hotel de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, por uma equipe da Interpol. Nesta quarta-feira (26), o governo árabe autorizou a extradição do réu.