Principais diplomatas dos EUA e da Rússia se encontram pela primeira vez desde início de guerra
Antony Blinken e Sergei Lavrov estavam juntos em uma reunião do G20, mas não mantiveram qualquer tipo de conversa formal
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Os principais diplomatas da Rússia e dos Estados Unidos conversaram cara a cara nesta quinta-feira, pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia por Moscou, à margem de uma reunião do G20 em que ministros trocaram acusações sobre o conflito. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para encerrar a guerra, e instou Moscou a reverter a suspensão do novo tratado nuclear Start, disse um alto funcionário dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que Lavrov e Blinken falaram "em movimento", por menos de 10 minutos, no final da sessão a portas fechadas, e não se envolveram em nenhuma negociação, informaram agências de notícias russas.
Blinken relatou mais tarde em uma coletiva de imprensa ter dito a Lavrov para se envolver na diplomacia durante o encontro não programado. "Eu disse ao ministro das Relações Exteriores que não importa o que mais esteja acontecendo no mundo ou em nosso relacionamento, os Estados Unidos sempre estarão prontos para se engajar e agir no controle de armas estratégicas, assim como os Estados Unidos e a União Soviética fizeram, mesmo no auge da Guerra Fria", acrescentou Blinken.
No início da reunião de ministros de Relações Exteriores, os Estados Unidos e aliados europeus exortaram as nações do G20 a manter a pressão sobre Moscou para encerrar o conflito. "Devemos continuar a pedir à Rússia que ponha fim à sua guerra de agressão e se retire da Ucrânia pelo bem da paz internacional e da estabilidade econômica", disse Blinken em comentários divulgados após discurso na reunião a portas fechadas.
"Infelizmente, esta reunião foi novamente prejudicada pela guerra não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia." Blinken foi apoiado por seus colegas da Alemanha, França e Holanda. Lavrov, da Rússia, no entanto, culpou o Ocidente pelas crises políticas e econômicas globais.
"Um número de delegações ocidentais transformaram o trabalho na agenda do G20 em uma farsa, querendo transferir a responsabilidade por seus fracassos na economia para a Federação Russa", disse Lavrov, de acordo com um comunicado russo.
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