China planeja produzir drones explosivos para a Rússia, diz revista alemã
Governo dos Estados Unidos acusou esta semana Pequim de considerar armar Moscou na guerra contra a Ucrânia
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A China planeja iniciar a produção em larga escala de drones de ataque para o Exército russo para possível uso na Ucrânia, afirma a revista alemã Der Spiegel nesta sexta-feira (24).
A fabricante chinesa de drones Xi'an Bingo Intelligent Aviation Technology e oficiais militares russos mantiveram negociações sobre o assunto, disse o veículo, sem citar fontes.
Bingo teria se mostrado disposta a produzir inicialmente 100 drones do tipo ZT-180, testá-los e entregá-los ao Ministério da Defesa da Rússia em abril.
Esse modelo é semelhante ao Shahed 136 fabricado no Irã, segundo especialistas militares ouvidos pela revista, e pode transportar uma carga explosiva de 35 a 50 quilos.
Em uma segunda fase, a Bingo proporia a transferência de componentes e habilidades técnicas para a Rússia, para que Moscou possa fabricar drones localmente, diz o Der Spiegel. Isso lhe permitiria produzir de forma autônoma até 100 aparelhos desse tipo por mês, calcula.
Procurado pelo semanário alemão, o Ministério das Relações Exteriores chinês negou o fornecimento de armas à Rússia, mas não respondeu à alegação específica sobre os drones.
O governo dos Estados Unidos acusou esta semana a China de considerar armar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. O país asiático respondeu que o maior fornecedor de armas era Washington.
Até agora, a China não condenou a invasão e permaneceu neutra em uma votação da Assembleia Geral da ONU na quinta-feira sobre uma resolução que pede retirada da Rússia.