Após um ano de guerra, 95% dos ucranianos acreditam na vitória
Mais de 85% da população do país deseja ingressar na União Europeia ou na Otan, se afastando definitivamente da Rússia
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Um pesquisa feita pelo instituto ucraniano Rating Group apontou que em torno de 95% da população do país acredita na vitória contra a Rússia, conforme pesquisa feita no início de fevereiro. Além disso, 97% dos entrevistados disseram confiar no Exército çpcaç (contra 65% em 2019), e 90%, no presidente, Volodmir Zelenski (contra 36% em janeiro de 2022). Enquanto 17% da população declara ter perdido um parente na guerra, mais da metade (58%) considera "impossível" o restabelecimento das relações amistosas com russos e bielorrussos, cujo país é aliado de Moscou.
Para 22%, essa recuperação é possível "em 20 ou 30 anos", e para 11%, "em 10 ou 15 anos". Dois terços dos ucranianos sofreram uma deterioração da situação econômica, e 36% afirmam que perderam o emprego. Já a proporção de ucranianos que vivem afastados de parentes por causa da guerra caiu de 41% em março de 2022, para 21% quase um ano depois.
A pesquisa foi feita em fevereiro com uma "amostra representativa" de mais de 1.600 pessoas que vivem em diferentes regiões do país, à exceção dos territórios ocupados pela Rússia na Crimeia e no leste. O estudo também revela as aspirações pró-ocidentais dos ucranianos. Uma maioria (87%) deseja ingressar na União Europeia, enquanto 86% desejam fazer parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), percentuais que não pararam de aumentar nos últimos anos.
Em fevereiro de 2022, antes do início da guerra, 62% dos ucranianos queriam se unir à Aliança Atlântica, e 30% se opunham. Em março de 2014, quando a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia, uma maioria se manifestou contrária à adesão à Otan (43% contra 34%), de acordo com o Rating Group.