UE registra recorde de pedidos de asilo desde 2016

UE registra recorde de pedidos de asilo desde 2016

Relatório afirma que conjunto de países recebeu 960 mil solicitações

AFP

UE registra recorde de pedidos de asilo desde 2016

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Os países da União Europeia (UE), Suíça e Noruega registraram em 2022 o maior número de demandas de asilo nos últimos sete anos, com um aumento de 50% em comparação com o ano anterior, de acordo com dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (22). Um relatório da Agência da UE para o Asilo (AUEA) afirma que o conjunto de países recebeu 960 mil pedidos de asilo, um volume que não era registrado desde 2016 (1,2 milhão), momento em que aconteceu uma migração em larga escala a partir da Síria.

A agência afirma que o aumento expressivo de 2022 pode ser explicado "parcialmente" pela suspensão das restrições relacionadas com a pandemia de Covid-19. Também pode ser atribuído a situações de conflito e de insegurança alimentar em diversas regiões do mundo. Sírios e afegãos constituem as duas nacionalidades com o maior número de demandas: as duas são responsáveis por quase 25% do total de pedidos.

No caso dos sírios foram apresentados 131.697 demandas de asilo, um aumento de 24% na comparação com 2021. Afegãos foram responsáveis por 128.949 pedidos, uma alta de 29% em relação ao ano anterior. Em seguida aparecem, na ordem, cidadãos da Turquia (55.437 pedidos), Venezuela (50.833), Colômbia (43.279) e Paquistão (37.292).

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Os números de AUEA indicam que cidadãos da Ucrânia apresentaram no ano passado 28.318 pedidos de asilo, embora a agência europeia de estatísticas Eurostat calcule que desde o início da guerra no país quase quatro milhões de ucranianos entraram na UE.

Estes ucranianos são beneficiados por um regime de proteção temporária. Com a pandemia de Covid-19, o bloco de países adotou restrições severas de viagens que atuaram com um bloqueio natural às demandas de asilo. As restrições foram retiradas durante 2022, com o avanço do programa de vacinação contra o coronavírus nos países europeus.

No total, destaca a AUEA, o bloco registrou em 2022 a chegada de 43.000 menores de idade não acompanhados por adultos, o que também representa o maior volume desde 2015. Entre os países da América Latina também foram registrados pedidos do Peru (12.828), El Salvador (3.881), Cuba (3.347), Honduras (3.319), Haití (2.988), Brasil (1.596), Equador (772) e República Dominicana (591).


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