EUA autoriza extradição do ex-presidente Alejandro Toledo ao Peru
Promotoria pede prisão de 20 anos por esquema de corrupção com a Odebrecht
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Os Estados Unidos autorizaram a extradição do ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006) por crimes de corrupção, informou a promotoria peruana nesta terça-feira. "Foi informado que o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América concedeu a extradição de Alejandro Toledo Manríque pelos crimes de conluio e lavagem de dinheiro", disse o Ministério Público peruano.
A procuradoria indica que está "realizando a coordenação" com as autoridades "nacionais e estrangeiras" para "a execução da extradição". Residente nos Estados Unidos, Toledo foi preso em julho de 2019 por acusações de corrupção em seu país e vive em prisão domiciliar. O Peru o acusa de ter recebido dezenas de milhões de dólares da construtora brasileira Odebrecht em troca de contratos de obras públicas.
Toledo reside nos Estados Unidos desde que deixou a presidência, exceto por um hiato em 2011, quando concorreu às eleições presidenciais para um segundo mandato, sendo derrotado no primeiro turno. Os promotores pedem uma pena de prisão de 20 anos e seis meses contra Toledo, que admitiu que a Odebrecht pagou pelo menos US$ 34 milhões e que recebeu parte desse dinheiro, mas afirma ser inocente e que foi o falecido empresário Josef Maiman que estava à frente dessas negociações, segundo a imprensa peruana.
Toledo faz parte da lista de ex-presidentes peruanos com processos judiciais ou condenados por corrupção: Alberto Fujimori (1990-2000), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018- 2020) e Pedro Castillo (2021-2022).