"Senti a morte", conta brasileira que mora em região atingida por terremoto na Turquia
Renata Gularan vive em Dortyol, cidade que fica a cerca de 100 km do epicentro, e compartilhou nas redes sociais a situação do país
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O terremoto que atingiu na madrugada desta segunda-feira (6) a região Sudeste da Turquia e Noroeste da Síria deixou mais de 2.300 pessoas mortas, além de milhares de feridos. Centenas de prédios e casas colapsaram após o tremor de magnitude 7,8, que teve como epicentro a região de Gaziantep.
A brasileira Renata Gularan, que vive na cidade de Dortyol, a cerca de 100 km da área mais castigada pelo abalo sísmico, contou nas redes sociais os momentos de terror que viveu durante o fenômeno. “Terremoto terrível, terrível, terrível. Está todo mundo na rua, no escuro. Estou usando os dados móveis [do celular]. Olha, eu nunca passei por isso, mas dessa vez eu senti a morte”, desabafou Renata no Instagram.
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A brasileira afirmou que ela e o marido estão bem, mas que uma pessoa próxima à família morreu por conta do tremor. “O primo do meu marido faleceu no decorrer do terremoto. É uma sensação horrível, horrível. Não sei como descrever. Nossa, jamais achei que passaria por isso.”
O prédio onde o casal mora não desabou. Apesar disso, alguns móveis e eletrodomésticos ficaram danificados durante o abalo sísmico. Nas primeiras horas após o terremoto, a brasileira contou que a cidade estava sem energia elétrica, mas o fornecimento foi reestabelecido ao longo do dia.
Parte da população está com medo de voltar aos apartamentos pelo receio de um colapso na estrutura dos prédios. Renata e outras pessoas decidiram passar a noite em uma garagem, na qual acenderam uma fogueira para se aquecer do frio.
“Só quem já sentiu isso, passou por algo assim, entende o que estou falando. Você desapega de tudo. Estou abalada ainda, bem abalada”, conclui a brasileira.
Em nota, o Itamaraty explicou que "não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos nem feridos". A pasta também destacou que "as Embaixadas do Brasil em Ancara e Damasco, bem como o consulado-geral do Brasil, em Istambul, estão acompanhando o desenvolvimento no terreno, em regime de plantão".