Zelensky pede aos países do G7 que ajudem a criar um "escudo aéreo" para a Ucrânia
Infraestrutura do país voltou a ser atacada pela Rússia nesta terça
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu nesta terça-feira a seus colegas do G7 que ajudem a criar um escudo aéreo para impedir os ataques russos ao seu país, que se multiplicaram desde segunda-feira.
"Peço a vocês que fortaleçam o esforço geral para ajudar financeiramente na criação de um escudo aéreo para a Ucrânia. Milhões de pessoas agradecerão ao G7 por tal ajuda", disse Zelensky em uma reunião virtual de emergência dos líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo.
Os ataques russos à Ucrânia na segunda e nesta terça-feira colocaram novamente em discussão o reforço na ajuda militar ocidental. Até o momento, nenhum mecanismo de defesa antiaérea protege completamente um território desse tipo de bombardeios.
O exército ucraniano acusou a Rússia de realizar ataques a partir de Belarus com drones-bomba iranianos. Mas foram sobretudo mísseis que caíram em Kiev e outras cidades distantes do front. O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, informou que onze infraestruturas importantes foram danificadas em oito regiões, além de Kiev.
De acordo com Kiev, o exército russo disparou 83 míssies, 43 de cruzeiro. Um total de 52 projéteis foram interceptados por suas defesas, uma quantidade que mostra sua capacidade e vulnerabilidade ao mesmo tempo.
Os russos aparentemente usaram mísseis de médio alcance Iskander e Tochka-U e mísseis de cruzeiro Kalibr. Contra isso, os ucranianos possuem baterias antiaéreas S-300 e outros modelos, embora algumas sem munição. Diante dos ataques de drones, os ucranianos utilizam sistemas portáteis de defesa Manpads, que disparam mísseis terra-ar de diferentes lugares.
A Alemanha, que por muito tempo foi criticada por Zelensky por conta da lentidão de seu envolvimento, se comprometeu a entregar nos próximos dias um sistema de defesa Iris-T, com alcance protetor de 20 quilômetros de altura e 40 quilômetros de comprimento.
Os últimos ataques russos "destacam claramente a importância da rapidez na entrega dos sistemas de defesa aérea à Ucrânia", declarou a ministra de Defesa alemã, Christine Lambrecht, que citou outros três sistemas para o próximo ano.