Otan abre processo de ratificação para adesão de Suécia e Finlândia
Secretário-geral da Aliança Atlântica destacou que organização ficará mais forte com a entrada dos dois países
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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciou formalmente nesta terça-feira (5) o processo de ratificação dos pedidos de adesão de Suécia e Finlândia, anunciou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg. "É um bom dia para Suécia e Finlândia. E um bom dia para a Otan", disse Stoltenberg no início da cerimônia. "Hoje assinaremos formalmente os protocolos de adesão. Isto marca o início do processo de ratificação", acrescentou.
Stoltenberg destacou que, "com 32 nações ao redor da mesa, seremos ainda mais fortes e nossa população estará ainda mais segura, enquanto enfrentamos a maior crise de segurança em décadas". A Otan, completou o norueguês, "permanece aberta às democracias europeias que estão preparadas e desejam contribuir para nossa segurança coletiva".
O chanceler da Finlândia, Pekka Haavisto, agradeceu o "apoio da aliança à adesão" e disse que espera um "rápido processo de ratificação". A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, declarou que a "assinatura dos protocolos de adesão é um passo importante para nossa integração plena. A próxima fase será o processo de ratificação em cada um dos países aliados".
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O processo de adesão da Suécia e da Finlândia à Otan esbarrou inicialmente no veto da Turquia e, embora o governo turco tenha concordado em permitir a assinatura dos protocolos nesta terça-feira, se reservou o direito direito de bloquear a adesão. Durante a reunião de cúpula da Otan na semana passada em Madri, a Turquia apresentou uma série de exigências para permitir a adesão de suecos e finlandeses, e deixou claro que isso só acontecerá se os dois países cumprirem os compromissos negociados.
A Turquia vetava a adesão da Suécia porque o país concedeu refúgio a pessoas que o governo turco considera "terroristas" e, para contornar o veto, a Suécia prometeu extraditar para a Turquia 73 desses cidadãos turcos. Ancara pede há vários anos para Estocolmo a extradição de ativistas curdos e pessoas próximas ao movimento fundado pelo pregador Fethullah Gülen, acusado pelas autoridades turcas de estimular a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016.