Kremlin pedirá "informações" ao Exército sobre bombardeio de hospital pediátrico na Ucrânia
ONU condenou o ataque
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O Kremlin disse, nesta quinta-feira, que questionará seus militares sobre o bombardeio de um hospital pediátrico na cidade ucraniana sitiada de Mariupol, que autoridades locais dizem ter sido atingida por bombardeios russos.
"Necessariamente perguntaremos aos nossos militares, porque nós, assim como vocês, não temos informações claras sobre o que aconteceu e, a priori, os militares nos darão informações", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em entrevista coletiva.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo no Twitter mostrando a extensão da destruição no complexo médico. Zelensky condenou o ataque, chamando-o de "atrocidade".
Mariupol. Direct strike of Russian troops at the maternity hospital. People, children are under the wreckage. Atrocity! How much longer will the world be an accomplice ignoring terror? Close the sky right now! Stop the killings! You have power but you seem to be losing humanity. pic.twitter.com/FoaNdbKH5k
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 9, 2022
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse, sem negar o ataque, que os "batalhões nacionalistas" ucranianos tinham evacuado os funcionários e os pacientes e estabelecido no local posições de tiro.
Após o ataque, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, declarou que nenhuma unidade de saúde "deve ser alvo". A ONU e a Organização Mundial da Saúde exigem "o fim imediato dos ataques a instalações de saúde, hospitais, profissionais de saúde, ambulâncias", disse Dujarric durante sua coletiva de imprensa diária.