Putin se concentra na resposta econômica às sanções
Kremlin admite que as sanções são duras, mas diz que a Rússia tem todo potencial necessário para compensar os dano
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O presidente russo, Vladimir Putin, trabalha nesta segunda-feira (28) na resposta econômica às grandes sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. "O presidente está no Kremlin, ocupado com a economia", explicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante o encontro diário com a imprensa. Segundo ele, a situação econômica "mudou" devido às sanções.
Peskov informou que Putin se reúne hoje com seu primeiro-ministro, Mikhail Mishustin; com o ministro das Finanças, Anton Siluanov; com a presidente do Banco Central russo, Elvira Nabiullina; e com o diretor-geral do maior banco do país, o Sberbank. "As sanções são duras, são um problema, mas a Rússia tem todo potencial necessário para compensar os danos", acrescentou.
Estados Unidos, União Europeia e outros países ocidentais anunciaram a exclusão de alguns bancos russos do sistema internacional de pagamentos interbancários Swift, assim como das transações com o BC russo. As restrições obrigaram o Banco Central russo a aumentar em 10,5 pontos (até 20%), nesta segunda-feira, as taxas de juros de referência, que servem de base para os contratos de inúmeras atividades financeiras (como empréstimos), em um contexto de aumento da inflação anterior às sanções.
Além disso, o rublo despencou em relação ao dólar e ao euro desde a abertura dos mercados, atingindo recordes de desvalorização.
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