Rússia acusa Ucrânia de arruinar trégua ao se negar a negociar
Kremlin disse que forças russas retomaram o avanço em território ucraniano
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O Kremlin acusou a Ucrânia, neste sábado (26), de ter arruinado uma trégua, ao se negar a negociar, no terceiro dia da invasão lançada pelo presidente Vladimir Putin. "Em consonância com as negociações esperadas, ontem à tarde o presidente russo ordenou suspender o avanço das principais forças" das tropas de Moscou, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Ele acrescentou que, "como o lado ucraniano rejeitou as negociações, as forças russas retomaram o avanço esta tarde".
Hoje, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse que "desmantelou" o plano da Rússia e que "repeliu os ataques dos inimigos". Segundo ele, os combates continuam em muitas cidades e regiões do país, "mas é o nosso Exército que controla Kiev e as principais cidades ao redor da capital".
Zelensky afirmou que o plano russo era "bloquear o centro do nosso Estado e colocar marionetes, como em Donetsk". Mais cedo, um míssil russo atingiu um prédio residencial em Kiev.
Um prédio em Kiev é atingido por um míssil enquanto a luta entre as forças russas e ucranianas se intensifica.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) February 26, 2022
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O míssil caiu entre o 18º e o 21º andares do edifício na avenida Lobonovsky.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) February 26, 2022
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O Exército russo, por sua vez, anunciou o ataque a infraestruturas militares da Ucrânia com mísseis de cruzeiro navais e aéreos. Disse ainda que as forças separatistas dos territórios de Donetsk e Lugansk, apoiadas pela Rússia, ganharam terreno.
As tropas de Vladimir Putin afirmaram ter assumido "o controle total da cidade de Melitopol", perto da Crimeia, península no sul da Ucrânia anexada por Moscou em 2014. Segundo o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, desde o início da invasão, as forças russas destruíram um total de 821 infraestruturas militares ucranianas, incluindo 14 aeródromos.