Governo russo diz que separatistas ucranianos pediram "ajuda"
Suposta requisição partiu das províncias de Donetsk e Lugansk
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O governo russo afirmou nesta quarta-feira que os líderes das regiões separatistas do leste da Ucrânia pediram ao presidente Vladimir Putin "ajuda para combater a agressão" do Exército ucraniano.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk "pedem ajuda ao presidente russo para combater a agressão das Forças Armadas ucranianas".
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Putin assinou na segunda-feira um decreto no qual reconhece as regiões separatistas . A atitude do mandatário russo legitima as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk, apesar da opinião contrária da comunidade internacional.
Além de reconhecer as regiões separatistas, Putin também assinou um tratado de amizade e ajuda mútua com os grupos disruptivos e exigiu um cessar imediato das "operações militares" das forças militares ucranianas. "Quanto àqueles que tomaram o poder em Kiev e o mantêm, exigimos que parem imediatamente as operações militares, caso contrário, toda a responsabilidade por mais derramamento de sangue recairá sobre a consciência do regime em território ucraniano", disse.
Durante o pronunciamento, o presidente russo também citou os Estados Undios e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirmando que o país tomará medidas de segurança contra ambos, após a Casa Branca e aliança militar não atenderem as reivindicações de Putin sobre segurança na fronteira.
A movimentação de Putin gerou descontentamento entre outros líderes mundiais. Em conversa telefônica, o premier alemão Olaf Scholz advertiu o presidente russo de que tal movimentação representaria uma "ruptura unilateral" dos acordos de Minsk, elaborados em 2015 junto à Ucrânia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, chamou a ação de Putin de "violação flagrante de soberania" da Ucrânia e do direito internacional.