Taiwan condena Rússia por crise na Ucrânia

Taiwan condena Rússia por crise na Ucrânia

Países temem que governo de Putin invada território ucraniano

AFP

Presidente de Taiwan repreende Rússia por conta de crise com a Ucrânia

publicidade

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, condenou a Rússia, nesta quarta-feira, por seu apoio às regiões controladas pelos separatistas na Ucrânia, afirmando que a crise está sendo usada para prejudicar o moral nesta ilha, há tempos sob ameaça de invasão por parte da China.

Esta ilha governada democraticamente acompanha de perto a situação na Ucrânia, já que a China reivindica soberania sobre Taiwan e prometeu que um dia retomará esse território - à força, se necessário.

A China aumentou a pressão militar, diplomática e econômica sobre Taiwan desde que Tsai Ing-wen chegou ao poder, em 2016, por sua rejeição à posição da China de que a ilha faz parte de seu território.

"Nosso governo condena a violação, por parte da Rússia, da soberania da Ucrânia (...) e convoca todas as partes a continuarem a resolver suas disputas por meios pacíficos e racionais", declarou a presidente.

Tsai destacou que Taiwan e Ucrânia são "fundamentalmente diferentes em termos geoestratégicos, entorno geográfico e na importância que têm na cadeia global de abastecimento", em alusão à posição da ilha na economia mundial por seu papel na indústria de semicondutores.

Veja Também

"No entanto, frente a forças externas que tentam manipular a situação na Ucrânia e afetar o moral da sociedade taiwanesa, todas as unidades do governo devem ficar mais vigilantes", frisou.

No último trimestre de 2021, registrou-se um aumento significativo nas incursões de caças chineses na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.

No ano passado, 969 aviões de guerra chineses penetraram nesta área, mais do que o dobro dos 380 caças que entraram em 2020, segundo um banco de dados compilado pela AFP.

A China tem sido cautelosa a respeito da crise na Ucrânia, mas vem demonstrando um crescente apoio ao presidente russo, Vladimir Putin.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895