Ucrânia e separatistas pró-Rússia trocam acusações sobre novos bombardeios
Tensão ocorre em meio à ameaça de invasão de país governado por Putin
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O Exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia trocaram acusações nesta sexta-feira sobre novos bombardeios no leste do país que violam o cessar-fogo em vigor nesta região marcada por um conflito desde 2014. Os ataques acontecem em um momento de grande tensão por uma possível invasão russa do país.
As autoridades ucranianas, que na quinta-feira informaram o bombardeio de uma creche na região - que não provocou vítimas -, citaram 20 violações do cessar-fogo por parte dos separatistas pró-Rússia. Ao mesmo tempo, os insurgentes pró-Moscou relataram 27 disparos por parte do exército ucraniano nas últimas horas.
Na quinta, a Rússia foi acusada por Ucrânia, Estados Unidos e seus aliados da Otan de tentar alimentar o conflito nesta região e para usá-lo como pretexto para uma invasão.
Segundo a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o cessar-fogo foi violado 189 vezes na quinta-feira, na região de Donestsk, e 402, na região de Luhansk, ambas no leste da Ucrânia.
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A mobilização de mais de 150 mil soldados russos - segundo os Estados Unidos - na fronteira com a Ucrânia causou uma grave crise entre Moscou e países ocidentais.
A Rússia alega que não quer invadir a Ucrânia, mas exige garantias para sua própria segurança, inaceitáveis para os ocidentais.
Desde 2014, mais de 14 mil pessoas morreram neste conflito e mais de 1,5 milhão tiveram de abandonar suas casas.
Os acordos de paz assinados em 2015 em Minsk permitiram estabelecer um cessar-fogo e reduzir consideravelmente os confrontos, embora sempre tenha havido episódios de violência na linha de frente.