Dose de reforço é "segura e eficaz" três meses após última injeção, diz Agência Europeia

Dose de reforço é "segura e eficaz" três meses após última injeção, diz Agência Europeia

Órgão disse que muito cedo para dizer se a composição das vacinas precisa ser alterada" para combater a variante ômicron

AFP

Doses de reforço da vacina podem ser administradas em três meses

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) declarou nesta quinta-feira (9) que as doses de reforço da vacina contra a Covid-19 podem ser administradas de forma "segura e eficaz" apenas três meses após a última injeção. "Embora a recomendação até agora seja administrar as doses de reforço preferencialmente seis meses depois, os dados disponíveis atualmente permitem apoiar a administração segura e eficaz de uma dose de reforço três meses após o primeira esquema completo de vacinação", afirmou Marco Cavaleri, encarregado da estratégia de vacinação da EMA.

Isso é possível quando "um intervalo tão curto seja desejável do ponto de vista da saúde pública", acrescentou Cavaleri. "Dados preliminares sugerem que pode ser mais contagiosa do que a variante delta, mas atualmente não sabemos até que ponto a ômicron pode substituir a delta como o vírus dominante", explicou. Cavaleri também lembrou que ainda "é muito cedo para dizer se a composição das vacinas precisa ser alterada" para combater a variante ômicron.

O regulador europeu de medicamentos publicou recentemente que, se necessário, poderia autorizar em três ou quatro meses vacinas adaptadas contra a nova variante. "As empresas que comercializam as vacinas contra a Covid-19 são obrigadas a apresentar os resultados dos seus exames laboratoriais para determinar o nível de neutralização da ômicron", disse Cavaleri.

"Mas temos que coletar mais evidências para determinar se o espectro de gravidade da doença que a ômicron causa é diferente do das outras variantes que circularam até agora", explicou. "No momento, não temos dados suficientes sobre o impacto dessa variante nas vacinas aprovadas, mas analisamos continuamente o horizonte para coletar resultados sobre isso", analisou Cavaleri.

A Pfizer e a BioNTech insistiram, por sua vez, na eficácia de três doses de sua vacina contra a ômicron.

"Casos leves"

Como também explicou a EMA, os sintomas provocados pela ômicron nos casos detectados na União Europeia "parecem ser leves em sua maioria". Ainda assim, a variante parece ter uma taxa de reinfecção maior em pessoas curadas ou vacinadas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quarta-feira.

A EMA já aprovou quatro vacinas, dois tratamentos com anticorpos e permitiu o uso emergencial de comprimidos do laboratório MSD. "Mais de 600 milhões de doses foram administradas na Europa, até o momento", disse Cavaleri. "Não podemos perder de vista que hoje estamos mais bem preparados do que no inverno passado para prevenir e tratar essa doença".

A EMA também anunciou recentemente que havia lançado o estudo acelerado da vacina anti-covid-19 do laboratório franco-austríaco Valneva, que usa uma tecnologia mais clássica do que as autorizadas até agora na UE.

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