OMS pede aos laboratórios que compartilhem 50% de suas vacinas anticovid com o Covax

OMS pede aos laboratórios que compartilhem 50% de suas vacinas anticovid com o Covax

Dispositivo internacional, que fornece doses aos países pobres, quer garantir uma distribuição justa

AFP

OMS pediu mais uma vez aos países ricos, que já vacinaram parte de sua população, que compartilhem as vacinas

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira, aos fabricantes de vacinas contra a Covid-19 que disponibilizem metade de sua produção de doses este ano para o dispositivo internacional Covax.

Enquanto os países mais ricos acumulam vacinas rapidamente, o Covax, que fornece doses aos países pobres, quer garantir uma distribuição justa entre aqueles que podem pagar e aqueles que não podem, mas ainda não funciona a todo vapor.

E isso quando a Índia, de onde o Covax recebe doses, bloqueou as exportações da vacina fabricada pelo Instituto Serum para combater a epidemia em seu território. Até 4 de junho, o Covax havia fornecido mais de 80 milhões de doses para 129 países e territórios. Menos do que o esperado.

Diante dessa situação, a OMS pediu mais uma vez aos países ricos, que já vacinaram parte de sua população, que compartilhem as vacinas. Mas a organização também pediu às empresas farmacêuticas que mostrassem solidariedade.

"Peço a todos os fabricantes que deem ao Covax o direito à primeira rejeição (ou seja, propor as doses como prioridade) sobre novos volumes de vacinas ou se comprometer a disponibilizar 50% de seus volumes para o Covax este ano, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

"A vacinação desigual é uma ameaça para todas as nações, não apenas para aquelas com menos vacinas", afirmou. O Covax foi criado pela Vaccine Alliance (Gavi), a OMS e a Coalizão para inovações de preparação para epidemias (Cepi).

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