OMS diz não ter dados adequados sobre uso de vacinas diferentes na primeira e segunda doses
França tem a pretensão de usar metodologia para pessoas com menos de 55 anos
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (9) que não existem, no momento, "dados adequados" sobre os efeitos de mudar de vacina entre a primeira e a segunda dose, como a França pretende fazer com as pessoas de menos de 55 anos que receberam a primeira injeção do fármaco anticovid da AstraZeneca.
"Não há dados adequados para dizer se é algo que pode ser feito e, portanto, os especialistas da organização concluíram que injetar vacinas diferentes na primeira e segunda doses não é algo que possam, no momento, recomendar", disse Margaret Harris, porta-voz da OMS, à imprensa em Genebra.
A porta-voz recordou a posição adotada pelo Grupo de Especialistas em Assessoria Estratégica (SAGE) sobre Imunização em fevereiro, no momento de suas recomendações sobre a vacina anticovid da AstraZeneca e ante informações sobre um possível vínculo entre o produto e efeitos colaterais muito raros. Também destacou que, na ocasião, os cientistas pediram mais pesquisas científicas sobre a possibilidade do uso de duas vacinas anticovid.
As pessoas com menos de 55 anos vacinadas contra a covid com a primeira dose da AstraZeneca receberão a segunda dose de outro fármaco - da Pfizer, ou da Moderna, anunciou a Autoridade de Saúde francesa nesta sexta. A França suspendeu em 19 de março a aplicação da vacina da AstraZeneca para pessoas com menos de 55 anos, após a detecção de casos de trombose na Europa. Antes da interrupção, 533 mil pessoas, sobretudo profissionais da saúde, receberam a primeira dose.
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