Chefe da agência nuclear da ONU propõe visita ao Irã antes do prazo
Teerã impôs um prazo para forçar uma reação das grandes potências, com as quais assinou um acordo em 2015
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O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) propôs nesta terça-feira visitar o Irã para encontrar uma solução antes de expirar um importante prazo que Teerã impôs para forçar uma reação das grandes potências, com as quais assinou um acordo em 2015.
O chefe da agência, Rafael Grossi, explicou que o Irã havia informado a agência que a partir de 23 de fevereiro Teerã planejava "interromper a implementação de medidas voluntárias de transparência", que fazem parte do acordo internacional.
"O diretor-geral Grossi se ofereceu para viajar ao Irã para encontrar uma solução mutuamente benéfica para que a agência possa continuar seu trabalho de verificação essencial", informou a AIEA, com sede em Viena.
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O acordo histórico de 2015 está por um fio, depois que os Estados Unidos o abandonaram unilateralmente sob a presidência de Donald Trump e Teerã começou a violar suas cláusulas. Segundo o pacto, os inspetores, em princípio, têm acesso limitado às instalações não nucleares do Irã, caso suspeitem de atividade ilegal.
Mas, de acordo com uma lei aprovada pelo Parlamento iraniano em dezembro, Teerã deixará de colaborar com essas inspeções a partir de 23 de fevereiro, a menos que os Estados Unidos comecem a suspender suas sanções.
O novo presidente democrata, Joe Biden, disse que os Estados Unidos pretendem retornar ao pacto, mas somente quando o Irã mostrar novamente que o cumpre integralmente.