Trump defende ter saído do "injusto" Acordo de Paris "projetado para matar a economia americana"
Presidente norte-americano disse que "se recusa a entregar milhões de empregos americanos e a enviar trilhões de dólares americanos aos piores poluidores e transgressores ambientais do mundo"
publicidade
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu neste domingo sua decisão de se retirar do acordo sobre o clima de Paris, chamando-o de "injusto e unilateral", apesar de o presidente eleito Joe Biden ter prometido voltar ao pacto histórico. "Retirei os Estados Unidos do injusto e unilateral Acordo Climático de Paris, um acordo muito injusto para Estados Unidos", disse Trump à margem da cúpula do G20 organizada pela Arábia Saudita em forma de videoconferências. "O Acordo de Paris não foi projetado para salvar o meio ambiente. Foi projetado para matar a economia americana", continuou.
"Me recuso a entregar milhões de empregos americanos e a enviar trilhões de dólares americanos aos piores poluidores e transgressores ambientais do mundo e isso é o que teria acontecido", acrescentou. Trump defende a indústria dos combustíveis fósseis, questiona a mudança climática e enfraqueceu dispositivos de proteção ao meio ambiente.
O presidente, que se nega a admitir sua derrota nas eleições americanas, deu um aviso de um ano para abandonar o Acordo de Paris em 4 de novembro de 2019. Biden prometeu que Estados Unidos voltaria a se unir ao acordo climático de Paris em seu primeiro dia na Casa Branca em janeiro, uma medida bem vista pelos líderes europeus.
O presidente eleito propôs um plano de 1,7 trilhão de dólares para levar os Estados Unidos, o segundo maior emissor de carbono do mundo, a zero emissões em 2050.