Honduras anuncia desocupação obrigatória diante de novo ciclone
Região Norte do Vale do Sula está em alerta vermelho por tempo indeterminado
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As autoridades humanitárias hondurenhas anunciaram, nesta sexta-feira, a desocupação forçada de residentes na região Norte do Vale do Sula, onde são previstas enchentes devido a um fenômeno tropical no Caribe, enquanto continuam atendendo dezenas de milhares de pessoas afetadas pelo ciclone Eta.
"O alerta vermelho ordena a desocupação obrigatória", com a presença da polícia e militares, disse Julissa Mercado, porta-voz da Comissão de Contingência Permanente (Copeco), à AFP. O órgão de proteção civil ratificou nesta sexta-feira "o alerta vermelho por tempo indeterminado" devido à ameaça de uma onda tropical que se estende pelo Caribe, com 90% de probabilidade de ganhar força como depressão tropical ou mesmo como tempestade.
Organizações de proteção civil da América Central esperam um aumento nas chuvas a partir da próxima segunda-feira. Caso se torne uma tempestade tropical, será chamada de Iota. O evento meteorológico está levando um rumo semelhante ao do Eta, que atingiu o Caribe Norte, na Nicarágua, como um furacão de categoria 4.
O Eta causou o transbordamento dos grandiosos rios Ulúa, Chamelecón, Humuya e outros nas proximidades de San Pedro Sula, 180 km ao norte da capital. No restante de Honduras, houve deslizamentos de terra que, juntos, deixaram mais de 60 mortos e 2,7 milhões de pessoas afetadas.
O Eta causou mais de 200 mortes na América Central nos primeiros dias de novembro, segundo estimativas oficiais. Segundo autoridades da Copeco, mais de 40.000 pessoas ainda permanecem em abrigos em Honduras, pois suas casas foram inundadas.