Israel e Hamas libertam mais presos e reféns horas antes de trégua expirar
No sétimo dia do acordo, o Exército e o gabinete do primeiro-ministro israelense anunciaram que um novo grupo de seis israelenses foram libertados em Gaza
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Israel e o movimento islamista Hamas libertaram prisioneiros e reféns na noite de quinta para sexta-feira, horas antes do vencimento da trégua entre ambas as partes na Faixa de Gaza. No sétimo dia do acordo, o Exército e o gabinete do primeiro-ministro israelense anunciaram que um novo grupo de seis israelenses foram libertados em Gaza pelo movimento islamista palestino e chegaram a Israel, juntando-se a outras duas reféns libertadas horas antes.
Posteriormente, Israel libertou 30 palestinos - sete mulheres e 23 menores - detidos em prisões do país, anunciou a autoridade penitenciária israelense. Em Ofakim, no sul de Israel, moradores se reuniram para receber Shani Goren, de 29 anos, libertada pelo Hamas. "Eu a amo, ela é como minha irmã [...] Não há ninguém tão gentil como ela. Até mesmo no cativeiro ela dava sua comida aos outros, é o que ficamos sabendo do testemunho de outros reféns", comentou no local Efik Cohen, uma amiga próxima.
Uma fonte próxima ao Hamas, que pediu anonimato, indicou que o grupo islamista estava "disposto a prolongar a trégua", vigente desde 24 de novembro e que deve expirar nesta sexta-feira às 05h00 GMT (02h00 de Brasília). Também acrescentou que os mediadores realizam "intensos e contínuos esforços pra [obter] mais um dia de trégua e depois trabalhar por prolongá-la por mais dias".
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu a extensão do acordo "para um oitavo dia e além". "É claro que queremos que o processo continue avançando", declarou o chefe da diplomacia americana à imprensa em Tel Aviv, após uma reunião com os líderes de Israel e da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada.
Israel "deve por em prática planos que minimizem as mortes de palestinos inocentes" e "delimitar de forma clara e precisa zonas e lugares do sul e centro de Gaza onde [os cidadãos] possam estar seguros e fora da linha de fogo", acrescentou.