Secretário de Estados dos EUA chega a Israel para pressionar por extensão de trégua em Gaza
Antony Blinken vai argumentar que interrupção das hostilidades é favorável aos israelenses
publicidade
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou a Tel Aviv, capital de Israel, nas primeiras horas desta quinta-feira (horário local). Seu objetivo é dialogar com os dirigentes israelenses sobre uma prorrogação da trégua com o Hamas e a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
"Queremos que esta pausa seja prorrogada porque permitiu libertar reféns e trabalhar na assistência humanitária daqueles que dela precisam desesperadamente", disse o secretário de Estado dos EUA na sede da Otan em Bruxelas. Depois, ele embarcou para sua terceira viagem na região - e sua sexta visita a Israel - desde o início, em 7 de outubro, da guerra com o movimento islamista palestino Hamas, que controla Gaza.
Segundo o secretário de Estado do presidente Joe Biden, uma prorrogação da trégua também interessa a Israel, já que seus líderes "estão concentrados em levar para casa" os reféns ainda nas mãos do Hamas. Blinken tem prevista uma reunião em Tel Aviv com o presidente de Israel, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Também visitará Ramallah, sede da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada.
O diplomata norte-americano chegou pouco depois do anúncio de que o Hamas havia libertado 10 reféns israelenses, assim como quatro cidadãos tailandeses e dois de nacionalidade russa, enquanto Israel havia soltado 30 palestinos, incluindo 16 menores e 14 mulheres. Trata-se da sexta troca do tipo desde o início da trégua na última sexta-feira, que deve expirar às 5h desta quinta-feira.
A guerra começou em 7 de outubro, com uma incursão de milicianos islamistas que mataram 1.200 pessoas em Israel, na sua maioria civis, e sequestraram outras 240, de acordo com balanço israelense. Israel retaliou lançando uma campanha de bombardeios contra Gaza, governada pelo Hamas, que, segundo o grupo, resultou em mais de 14.800 mortes, também em sua maioria civis.