Israel investiga denúncia do Hamas sobre mortes de reféns bebê, seu irmão e mãe

Israel investiga denúncia do Hamas sobre mortes de reféns bebê, seu irmão e mãe

Braço armado do movimento islamista palestino comunicaram as mortes "em um bombardeio na Faixa de Gaza" perpetrado por Israel

AFP
Prédios destruídos após bombardeios de Israel em Gaza

Prédios destruídos após bombardeios de Israel em Gaza

publicidade

O Exército israelense indicou, nesta quarta-feira (29), que investiga um relatório do braço militar do Hamas sobre as mortes em Gaza de um bebê de 10 meses, do seu irmão de 4 anos e da sua mãe, que constam na lista de reféns capturados em 7 de outubro.

O Exército indicou em um comunicado que está "verificando a veracidade da informação" e que seus representantes estão "falando com a família Bibas".

"A responsabilidade pela segurança de todos os reféns na Faixa de Gaza cabe ao Hamas, que põe em perigo a vida de todos os reféns, entre os quais há nove crianças", acrescentou.

As Brigadas Ezzedine al Qasam, braço armado do movimento islamista palestino, comunicaram nesta quarta-feira (29) a morte de Shiri, Ariel e Kfir Bibas, "em um bombardeio na Faixa de Gaza" perpetrado por Israel.

A Jihad Islâmica, movimento islamista aliado do Hamas que mantém alguns reféns em Gaza, reportou a morte de Hanna Katzir, uma refém de 76 anos, no entanto, a mulher foi libertada em 24 de novembro, primeiro dia da trégua entre o Hamas e Israel.

As imagens do sequestro da família Bibas – o pai, a mãe e os dois filhos – no kibutz de Nir Oz tornaram-se um dos símbolos da violência do 7 de outubro em Israel.

A mãe, Shiri, aparece com o semblante perturbado e carregando seus dois filhos, Kfir, na época com 9 meses, e Ariel, de 4 anos, enrolados em um cobertor.

Quase ao mesmo tempo, homens armados do Hamas levaram o pai, Yarden, com a cabeça ensanguentada, em direção a Gaza.

O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, indicou recentemente que os quatro foram sequestrados por um grupo palestino - que não é o Hamas.

"O Hamas levou eles e agora deve trazê-los de volta, são responsáveis pela sua saúde e a sua liberdade está diretamente nas mãos do Hamas", disse na terça-feira Afri Bibas-Levy, irmã de Yarden, à AFP.

A irmã de Shiri, Dana Siton, disse à AFP que "cada dia que passa os expõe ao perigo".

Das cerca de 400 pessoas que viviam no kibutz Nir Oz, trinta e cinco foram assassinadas e 80 sequestradas no dia 7 de outubro. Entre eles, 31 foram libertadas até agora.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895