Polêmica na França por presença da extrema direita em marcha contra antissemitismo

Polêmica na França por presença da extrema direita em marcha contra antissemitismo

Manifestação terá participação do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, dividiu opiniões da classe política

AFP

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A participação do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, em uma manifestação contra o antissemitismo na França, no próximo domingo (12), dividiu a classe política, em meio à escalada das tensões sobre o conflito no Oriente Médio.

O presidente Emmanuel Macron criticou aqueles que "fingem apoiar os nossos compatriotas judeus, confundindo a rejeição dos muçulmanos com o apoio aos judeus", em uma alusão à extrema direita, sem indicar se participará da marcha.

"O Reagrupamento Nacional não tem lugar nesta manifestação", disse o porta-voz do governo, Olivier Véran, que confirmou a presença da primeira-ministra centrista, Élisabeth Borne, no domingo.

O partido do governo, Renascença, e a oposição de esquerda expressaram seu desconforto por terem que protestar ao lado do partido herdeiro da Frente Nacional (FN), de Jean-Marie Le Pen, famoso por seus comentários antissemitas.

"O apoio aos nossos compatriotas judeus" não deve dar origem a "ambiguidades", disse Marine Le Pen à rádio RTL, garantindo que seu partido "se distanciou" do passado de seu pai e pediu aos militantes e simpatizantes que participem da manifestação.

Desde que assumiu as rédeas da FN, rebatizada de RN, em 2011, a líder da extrema direita tem-se esforçado para apagar a imagem extremista do partido. Finalista nas eleições presidenciais de 2017 e 2022, as pesquisas indicam que estará novamente no segundo turno em 2027.

Tanto o partido do presidente Macron como os ambientalistas, comunistas e socialistas indicaram que participarão da manifestação, mas não ao lado do RN. A França Insubmissa, partido do líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon, não comparecerá ao evento.

Os presidentes da Assembleia Nacional (Câmara baixa), Yaël Braun-Pivet, e do Senado, Gérard Larcher, convocaram esta marcha, especialmente quando "mais de 1.000" atos antissemitas foram registrados desde 7 de outubro.

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