Jordânia retira "imediatamente" seu embaixador de Israel

Jordânia retira "imediatamente" seu embaixador de Israel

Várias manifestações de apoio aos palestinos ocorreram em Amã

AFP

Várias manifestações de apoio aos palestinos ocorreram em Amã

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A Jordânia anunciou, nesta quarta-feira (1º), que vai retirar "imediatamente" seu embaixador de Israel. A medida é um protesto contra a ofensiva militar na Faixa de Gaza, depois que o movimento palestino Hamas lançou um ataque sangrento ao território israelense em 7 de outubro.

"O ministro das Relações Exteriores, Ayman Al Safadi, decidiu ligar imediatamente para o embaixador da Jordânia em Israel", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado. "Rejeitamos e condenamos a continuação da guerra israelense que mata inocentes em Gaza e provoca uma catástrofe humanitária sem precedentes".

O ministério acrescentou que Safadi pediu às "autoridades competentes que solicitem ao Ministério das Relações Exteriores de Israel que não envie seu embaixador, que já havia abandonado o reino, de volta à Jordânia".

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, várias manifestações de apoio aos palestinos ocorreram em Amã para pedir a anulação do tratado de paz entre Jordânia e Israel, assim como o fechamento da embaixada israelense.

A Jordânia, que faz fronteira com Israel e com a Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel desde 1967, assinou este tratado de paz em 1994.

O rei da Jordânia, Abdullah II, pediu um "cessar-fogo imediato" durante uma cúpula no Cairo em 21 de outubro, criticando também o "silêncio global".

"A mensagem que o mundo árabe ouve é alta e clara: as vidas palestinas valem menos do que as vidas israelenses. As nossas vidas valem menos do que outras vidas", declarou ele.


Correio do Povo
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