Netanyahu afirma que não haverá cessar-fogo em Gaza

Netanyahu afirma que não haverá cessar-fogo em Gaza

Primeiro-ministro israelense afirmou que pausa na guerra significaria "rendição ao Hamas"

AFP e AE

Primeiro-ministro israelense afirmou que pausa na guerra significaria "rendição ao Hamas"

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou nesta segunda-feira (30) qualquer cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza, o que significaria, segundo ele, uma "rendição ao Hamas".

"Os apelos a um cessar-fogo são apelos para que Israel se renda ao Hamas. Isso não acontecerá", declarou Netanyahu em coletiva de imprensa em Tel Aviv, instando a comunidade internacional a exigir a libertação "imediata e incondicional" dos reféns mantidos em cativeiro pelo movimento islamita palestino em Gaza.

"Este é um momento de guerra. Hoje, traçamos um linha entre a civilização e a barbárie", afirmou o líder. "Esta é uma batalha da civilização. A batalha de Israel contra o Hamas e o Irã é a sua batalha", afirmou.

Netanyahu afirmou ainda que ninguém teria apelado aos EUA para concordarem com um cessar-fogo após o ataque a Pearl Harbor durante a Segunda Guerra Mundial, ou após o 11 de setembro.

O primeiro-ministro afirma que deve haver uma "distinção moral entre o assassinato deliberado de inocentes e o tipo de vítimas não intencionais que acompanham todas as guerras legítimas", em comentários sobre o número de mortos em Gaza.

Exército está avançando 'metodicamente'

Benjamin Netanyahu ainda disse que o Exército está avançando "metodicamente" em sua operação militar contra o grupo islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.

As Forças Armadas israelenses "estenderam sua entrada terrestre na Faixa de Gaza. Estão fazendo isso em etapas moderadas e muito potentes, avançando metodicamente, passo a passo", disse o presidente no início de uma reunião de seu gabinete.

"Estamos continuando nossos esforços para libertar as pessoas sequestradas, mesmo durante a operação (terrestre)", afirmou Netanyahu, que enfrenta uma pressão crescente sobre o destino dos reféns levados pelo Hamas. "A operação inclusive gera oportunidades para obter (sua) libertação, e não vamos desperdiçá-las", acrescentou. 

Israel bombardeia sem cessar o enclave palestino, desde 7 de outubro, quando o Hamas lançou um sangrento ataque contra seu território. Segundo as autoridades, houve 1.400 mortos, e 239 pessoas foram sequestradas. 

Já o Ministério da Saúde do Hamas afirma que mais de 8.300 pessoas, a maioria civis, morreram nos bombardeios israelenses.


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