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Brasil convocará reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU por crise em Gaza

Hamas lançou um ataque com milhares de mísseis contra Israel

Hamas lançou um ataque com milhares de mísseis contra Israel
Hamas lançou um ataque com milhares de mísseis contra Israel Foto : MAHMUD HAMS / AFP

O Brasil convocará reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU devido à situação em Gaza. Neste sábado, o Hamas lançou um ataque com milhares de mísseis contra Israel e infiltrou combatentes por terra, mar e ar. A ofensiva matou pelo menos 70 pessoas e deixou 779 feridos. Em nota, o Itamaraty disse que "o Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina".

O Brasil é o atual presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto divulgado pelo governo brasieiro "reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas".

O Brasil "exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação".

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil "reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas".

Os Estados Unidos condenaram "inequivocamente" este ataque dos "terroristas do Hamas" contra Israel e afirmaram que garantirão que o seu principal aliado tenha "o que precisa para se defender". 

O presidente argentino, Alberto Fernández, expressou na rede X sua "condenação enérgica e repúdio" ao que definiu como um "ataque terrorista brutal perpetrado pelo Hamas" e anunciou o envio de ajuda humanitária a Israel.

O Ministério das Relações Exteriores do Chile, em nome do governo do presidente Gabriel Boric, expressou em comunicado sua “condenação absoluta” aos ataques.

A chancelaria boliviana, por sua vez, em nome do governo de Luis Arce, divulgou um comunicado no qual expressa “sua profunda preocupação” com o ocorrido. “Fazemos um apelo urgente à paz, à redução da violência, à preservação da vida e dos direitos humanos”, afirma.

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Guerra

"Estamos em guerra", declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que ordenou uma "ampla mobilização de reservistas". 

"O inimigo pagará um preço sem precedentes", prometeu o presidente em uma mensagem de vídeo, na qual reconheceu que o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou "um ataque criminoso surpresa". 

O aumento da violência começou com uma onda de foguetes lançada de vários pontos da Faixa de Gaza a partir das 6h30 (00h30 no horário de Brasília) deste sábado. O braço armado do Hamas assumiu a responsabilidade pelo ataque e afirmou que milhares de projéteis foram lançados. 

As forças israelenses responderam com ataques aéreos contra alvos do Hamas em Gaza, e garantiram que também lutavam em solo israelense, perto do enclave palestino, contra milicianos infiltrados de Gaza por terra, mar e ar.

"Houve um ataque combinado com a ajuda de parapentes", disse o porta-voz do Exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, aos repórteres, alertando que "algo grande" estava acontecendo. 

Entre os mortos está o presidente do conselho regional das localidades israelenses fronteiriças com o nordeste da Faixa de Gaza, morto em um tiroteio com os milicianos palestinos.

O braço armado do Hamas também divulgou um vídeo que mostra três homens, vestidos como civis, que teriam sido capturados por seus combatentes.