Rússia acusa Ucrânia de ter usado mísseis britânicos contra "alvos civis"

Rússia acusa Ucrânia de ter usado mísseis britânicos contra "alvos civis"

Ataque teria ocorrido na região de Lugansk, cidade ucraniana sob controle russo no leste

AFP

Exército ucraniano diz "avançar" em áreas ao redor de Bakmmut

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A Rússia acusou o Exército ucraniano, neste sábado (13), de ter usado mísseis britânicos de longo alcance Storm Shadow, prometidos pelo Reino Unido a Kiev na última quinta-feira (11), para atacar "alvos civis" na região de Lugansk. A cidade está sob controle russo no leste da Ucrânia.

"Mísseis ar-ar Storm Shadow fornecidos ao regime de Kiev por parte do Reino Unido foram usados" na sexta-feira (12) para um ataque contra "alvos civis" na cidade homônima de Lugansk, deixando "feridos, entre eles seis crianças", informou o Ministério russo da Defesa, em um comunicado.

A mesma fonte disse na noite de sexta-feira que as Forças Armadas ucranianas atacaram duas empresas civis.

Nos últimos dias, os países ocidentais multiplicaram seus anúncios de ajuda militar para a Ucrânia, o que provocou a ira de Moscou.

Ontem (12), a Rússia descreveu como "extremamente hostil" a decisão tomada pelo Reino Unido, na véspera, de entregar mísseis de longo alcance para a Ucrânia e acusou o governo britânico de buscar um "sério agravamento" do conflito.

Exército ucraniano diz "avançar" em áreas ao redor de Bakmmut

Neste sábado, o Exército ucraniano afirmou que "avança" em "algumas zonas" no entorno da cidade de Bakhmut, epicentro dos combates contra as forças russas no leste do país.

"A operação defensiva na direção de Bakhmut continua. Nossos soldados estão avançando em algumas áreas da linha de frente, e o inimigo está perdendo equipamentos e tropas", disse o comandante das forças terrestres ucranianas, Oleksander Syrsky, no Telegram.

Mais cedo neste sábado, o governo alemão anunciou que prepara um novo plano de ajuda militar para a Ucrânia no valor de US$ 2,95 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões).

Este seria o pacote de fornecimento de armas mais importante do país para a Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

É outro sinal de que a Rússia está "destinada a perder e a se sentar no banco da vergonha histórica", afirmou Mikhailo Podolyak, assessor do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, afirmou que discutiu os próximos fornecimentos de armas com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"Prestei muita atenção à importância de dotar a Ucrânia de F-16 [aviões] e dos passos necessários para iniciar o treinamento de pilotos ucranianos", acrescentou.


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