Maioria das escolas estaduais não retomam as aulas por falta de materiais de higiene em Porto Alegre

Maioria das escolas estaduais não retomam as aulas por falta de materiais de higiene em Porto Alegre

Turmas do ensino médio e técnico poderiam retomar as aulas nesta terça-feira

Cláudio Isaías

Maioria das escolas não retomou as aulas nesta terça em Porto Alegre

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A volta às aulas de maneira presencial na rede pública estadual para os ensinos Médio e Técnico, na manhã desta terça-feira, foi marcada por instituições de ensino fechadas em Porto Alegre e estudantes sendo obrigados a voltar para casa. Na escola técnica estadual senador Ernesto Dornelles, na rua Duque de Caixas, no Centro Histórico, os alunos não apareceram. Apenas, funcionários chegaram para trabalhar. No colégio estadual Inácio Montanha, a escola estava aberta, mas nenhum dos 1.400 alunos foram até a escola. 

Os servidores administrativos informaram que não haviam recebido os materiais de higiene (álcool e álcool em gel) e água sanitária para a limpeza das salas de aula. "Estamos aqui esperando a chegada dos itens de higienização para que possamos limpar a escola", ressaltou uma funcionaria. O Instituto Estadual Rio Branco ficou de portas fechadas e apenas funcionários estiveram na instituição de ensino.

No colégio estadual Júlio de Castilhos, uma dos mais tradicionais de Porto Alegre, os itens de higiene chegaram por volta das 9h. Foram entregues por uma empresa terceirizada contratada pelo governo do Estado. A escola recebeu um total de 1.900 litros de álcool, 45 bambonas de 5 litros de álcool em gel, tapetes sanitizantes, 16 bambonas de detergente e diversos fardos de papel toalha.  A diretora da escola Maria Berenice Alves informou que 1.342 alunos frequentam o Ensino Médio no Julinho nos turnos da manhã, tarde e noite. "Faremos uma reunião com os 80 professores para decidirmos se vamos trabalhar nessas condições", destacou. 

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Segundo ela, caso os docentes decidam pelo retorno das atividades escolares ela pede que somente os alunos que não tenham acesso a internet frequentem a instituição de ensino. As aulas presenciais no Julinho, se ocorrer o retorno, será em três períodos, das 7h30mim às 10h30min, e sem intervalo. Conforme Maria Berenice, os docentes neste período de pandemia estão trabalhando incansavelmente para atender os alunos. "O momento agora é de cautela, de preocupação e de preparo emocional para que não sejamos um ponto de disseminação da Covid-19", acrescentou. As escolas estaduais alegam que não receberam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em número necessário para atender professores e alunos. Por esse motivo, as instituições de ensino decidiram não reabrir no dia de ontem.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou que sobre o retorno presencial dos estudantes no dia de hoje ficou estabelecido a permissão para o retorno das aulas presenciais. As instituições de ensino diz a Seduc retornarão na medida em que estiverem totalmente preparadas para o recebimento dos estudantes. Isto significa a necessidade do cumprimento dos seguintes requisitos: a existência do COE Local, o recebimento dos EPIs para professores e estudantes, além do número adequado de servidores para a realização da higienização da instituição de ensino. Caso a escola não esteja em conformidade com qualquer uma das exigências, a orientação é para que continue exclusivamente com a oferta de aulas remotas até a instituição de ensino estar plenamente adaptada ao exigido na portaria conjunta da Secretaria Estadual da Saúde (SES) e da Seduc, que detalha os protocolos obrigatórios para o retorno das aulas presenciais.




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